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Economia

Dólar cai 5,6% após BC reforçar atuação

A atuação mais firme do Banco Central no mercado de câmbio e o lembrete do presidente da autoridade, Ilan Goldfajn, de que há outros instrumentos que pode usar para ampliar a liquidez surtiu efeito e o dólar dólar recuou 5,59%, a R$ 3,7065 na venda, maior queda percentual desde 13 de outubro de 2008; nos três pregões anteriores, a moeda norte-americana havia subido 4,87%, sendo 2,28% apenas na véspera

Um funcionário de um banco conta notas de cem dólares na sede do banco em Seul. O dólar chegou a recuar 2 por cento nesta quinta-feira, à casa dos 2,26 reais, após pesquisa mostrar queda na aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff, num momento em (Foto: Aquiles Lins)
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SÃO PAULO (Reuters) - A atuação mais firme do Banco Central no mercado de câmbio e o lembrete do presidente da autoridade, Ilan Goldfajn, de que há outros instrumentos que pode usar para ampliar a liquidez surtiu efeito e o dólar despencou mais de 5,5 por cento nesta sexta-feira, voltando ao patamar de 3,70 reais, maior tombo em quase dez anos.

O dólar recuou 5,59 por cento, a 3,7065 reais na venda, maior queda percentual desde 13 de outubro de 2008, quando despencou 7,74 por cento. Com este movimento, acabou limando a alta que vinha acumulando no mês.

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Nos três pregões anteriores, a moeda norte-americana havia subido 4,87 por cento, sendo 2,28 por cento apenas na véspera. Na mínima da sessão, o dólar foi a 3,6935 reais.

Na semana, o dólar acumulou queda de 1,60 por cento. O dólar futuro caía cerca de 5 por cento no final da tarde.

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"O BC demorou a vir a público, deixando o mercado num ponto de tensão tão violenta que chegou muito perto de 4 reais... Mas foi só aparecer, dizer que estava atento, já deu uma tranquilizada", comentou o diretor da mesa de câmbio da corretora MultiMoney, Durval Correa.

Na noite passada, Ilan informou que serão ofertados 20 bilhões de dólares adicionais em swaps cambiais tradicionais —equivalentes à venda futura de dólares— até o fim da próxima semana. E acrescentou que, se necessário, o BC poderá fazer leilões de linha, venda de dólares com compromisso de recompra, ou até mesmo vender dólares das reservas no mercado à vista.

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Ele ainda afastou a possibilidade de reunião extraordinária do Comitê de Política Monetária (Copom) para mudar a taxa de juros, e reforçou as mensagens nesta sexta-feira.

O mercado ficou mais nervoso nos últimos dias em meio a preocupações com a situação fiscal do país, após a greve dos caminhoneiros gerar impacto bilionário sobre as contas públicas.

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A cena política também pesava, a poucos meses da eleição presidencial e sem que um candidato que o mercado considera mais reformista decolando nas pesquisas de intenção de voto. E essas preocupações ainda continuavam entre os investidores.

No final de semana, será divulgada pesquisa Datafolha para as eleições presidenciais.

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"As condições que levaram o dólar a esticar não mudaram... O BC conseguir tranquilizar, (mas) não significa que a moeda vai voltar a 3,50 reais. É possível ele voltar a trabalhar entre 3,75 e 3,80 reais", afirmou Correa.

Nesta sessão, o BC vendeu integralmente o lote de até 15 mil novos swaps, e também a oferta integral de até 60 mil contratos, dentro da nova estratégia de vender mais 20 bilhões de dólares em swaps até a próxima sexta-feira. Dessa forma, já injetou 10,306 bilhões de dólares neste mês no mercado.

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Desde que começou a ofertar novos contratos de swap, no dia 14 de maio passado, o BC havia injetado no sistema até a véspera o equivalente a pouco mais de 14 bilhões de dólares.

E ainda vendeu os 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho, já somando 2,640 bilhões de dólares do total de 8,762 bilhões de dólares que vence em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, rolará integralmente o total.

O cenário externo também continuava como uma luz amarela para os mercados, em meio a temores de altas de juros além do esperado nos Estados Unidos ainda este ano.

Na próxima semana, o Federal Reserve, banco central do país, volta a se reunir e as apostas majoritárias são de que ele promoverá a segunda alta de juros neste ano. A dúvida é se indicará que vai acelerar o passo até o final do ano ou fará apenas mais uma elevação até o fim do ano.

Juros elevados têm potencial de atrair à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras consideradas de maior risco, como a brasileira.

Nesta sessão, o dólar operava em alta ante uma cesta de moedas, mas estava misto ante divisas de países emergentes, em alta ante o rand sul-africano e em queda ante o peso mexicano.

(Por Claudia Violante)

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