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Economia

Dólar dispara para mais de R$ 4,11 e Ibovespa cai mais de 1%

Às 15h15 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira tinha queda de 1,51%, aos 75.740 pontos, após chegar a cair 1,78% na mínima do dia; já dólar também volta a subir forte, superando a marca de R$ 4,11 em meio à expectativa discurso presidente do Federal Reserve, Jerome Powell

Dólar dispara para mais de R$ 4,11 e Ibovespa cai mais de 1% (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
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Infomoney - O Ibovespa acelera as perdas na tarde desta quinta-feira (23) seguindo o clima volátil do mercado norte-americano, onde os índices voltam a operar no negativo de olho no discurso presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que ocorre amanhã no simpósio de Jackson Hole. Com isso, o dólar também volta a subir forte, superando a marca de R$ 4,11.

Às 15h15 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira tinha queda de 1,51%, aos 75.740 pontos, após chegar a cair 1,78% na mínima do dia. O dólar comercial, por sua vez, salta 1,39%, cotado a R$ 4,1125 na venda, renovando sua máxima em mais de dois anos e meio, chegando assim a sua sétima valorização seguida.

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"Hoje o movimento de alta no câmbio é global. Não há muito o que fazer além de esperar a fala de Jerome Powell", afirma Pablo Spyer, diretor da Mirae Corretora. Os investidores buscam sinais do rumo da política monetária dos Estados Unidos. Por enquanto, o mercado segue com maior aposta de duas altas de juros neste ano e mais duas altas em 2019. A participação Powell marcará sua estreia no encontro de bancos centrais e a expectativa é de tom ameno.

Ainda no exterior, a ata do BCE (Banco Central Europeu) trouxe informações semelhantes à ata do Fomc (Federal Open Market Committee), demonstrando preocupação com os efeitos da guerra comercial na economia norte-americana. "Tensões podem gerar um declínio mais geral na confiança através da economia global, além de qualquer efeito direto da imposição de tarifas", informa o documento.

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As incertezas eleitorais também ajudam o dólar a sustentar o patamar de R$ 4 atingido após pesquisas nesta semana terem mostrado o ex-presidente Lula ampliando a liderança.

Embora o pregão de hoje não traga grandes turbulências com o noticiário eleitoral, o mercado tem no radar a divulgação de nova pesquisa de intenção de voto. "É um momento difícil para comprar ou vender dólares devido a possibilidade da moeda testar a sua máxima anterior e atual objetivo: R$ 4,25. O Banco Central ainda não emitiu sinal de intervenção e, quanto mais alta a cotação, maior a possibilidade de atuação", observa José Faria Júnior, diretor da Wagner Investimentos.

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Segundo ele, se houver uma intervenção do BC semelhante à última, em junho, a cotação pode recuar aproximadamente R$ 0,20, ou seja, poderia voltar a região de R$ 3,85. "Sem o BC, somente pesquisas indicando melhora de candidatos comprometidos com reformas podem derrubar a cotação.

Vale ressaltar que, nesta sexta-feira, será divulgada nova pesquisa presidencial XP/Ipespe. Na semana passada, o levantamento apontou a liderança do ex-presidente Lula, com 31% do votos, seguidos por Jair Bolsonaro (PSL), com 20%, cenário que foi confirmado por outras pesquisas divulgadas nos dias seguintes.

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Contribuindo para o aumento da aversão ao risco do mercado, o TSE deu sete dias para que a defesa do petista conteste as ações que pedem a rejeição de sua candidatura. Isso pode levar a decisão sobre a candidatura de Lula para setembro, dando tempo para ele aparecer no programa eleitoral gratuito, que começa em 31 de agosto.

Com esse cenário no radar, o CDS (Credit Default Swap, considerado um seguro de risco contra o calote) de 5 anos do Brasil vai a 276 pontos e caminha para maior patamar de fechamento desde junho. As taxas dos principais contratos de juros futuros também sobem forte, com alta de 0,24 ponto percentual para o contrato com vencimento em 2021, a 9,8%, enquanto o com vencimento mais longo, em janeiro de 2023, tem alta de 0,23 ponto percentual, a 11,44%.

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