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Economia

Dólar fecha em alta de 2,39% e bate máxima histórica: R$ 5,83

Ibovespa caiu 1,2%. Mercado teve dia de baixa na contramão das bolsas internacionais

(Foto: Paulo Whitaker/Reuters | ABr)
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Infomoney - Depois de uma sessão extremamente volátil, o Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira (7) pressionado pelas ações de bancos, que refletiram a decisão mais dovish do Comitê de Política Monetária (Copom) na véspera. O Banco Central reduziu a taxa básica de juros brasileira em 0,75 ponto percentual para 3% ao ano. Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, no longo prazo o juro baixo é estruturalmente ruim para os bancos, pois reduz a margem dessas empresas.

“No curto prazo, a única certeza que temos é que o custo de captação dos bancos vai cair, mas não necessariamente eles vão emprestar por custo menor. Demanda existe, não é problema. A questão é que os bancos têm agora mais medo de não receber do que tinham antes, e, assim, não necessariamente vão baixar os juros no curto prazo”, aponta a XP.

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Mais cedo, a Bolsa chegou a subir após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que pediu ao presidente Jair Bolsonaro que vete o trecho do projeto de lei de auxílio a estados e municípios que permite aumento salarial a categorias do funcionalismo público. Bolsonaro confirmou a possibilidade de vetar o dispositivo.

O Ibovespa caiu 1,2% a 78.118 pontos com volume financeiro negociado de R$ 30,857 bilhões. O desempenho do mercado aqui foi bem mais fraco do que o registrado nos Estados Unidos, onde o índice Nasdaq, de empresas de tecnologia, subiu 1,41% e ficou positivo no ano, apagando toda a queda posterior ao crash do coronavírus. Os índices Dow Jones e S&P 500 registraram altas de 0,9% e 1,15%.

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Já o dólar futuro para junho tinha alta de 2,25% a R$ 5,858, refletindo uma queda ainda maior no diferencial de juros entre o Brasil e países desenvolvidos depois do que foi decidido ontem pelo Copom. O dólar comercial, por sua vez, subiu 2,39%, a R$ 5,8378 na compra e R$ 5,8399 na venda, renovando máxima histórica.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu 23 pontos-base a 3,34%, DI para janeiro de 2023 recuou nove pontos-base a 4,60% e DI para janeiro de 2025 teve alta de 13 pontos-base a 6,58%.

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Lá fora, as bolsas subiram com o abrandamento das quarentenas impostas na Alemanha e na Grã Bretanha. A chanceler Angela Merkel anunciou ontem que a economia do país irá se reabrir gradativamente à medida em que a pandemia de coronavírus se desacelera. O campeonato alemão de futebol deve ser reiniciado na segunda quinzena de maio. O premiê do Reino Unido, Boris Johnson, também afirmou ontem que o lockdown será amenizado no Reino Unido a partir da próxima segunda-feira.

Também ajuda a acalmar os investidores a notícia de que os principais negociadores de comércio da China e dos Estados Unidos devem conversar na próxima semana sobre os avanços na implementação do acordo da fase 1, depois que o presidente Donald Trump ameaçou “encerrar” o pacto caso Pequim não esteja cumprindo os termos.

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Entre os indicadores, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana passada foi de 3,17 milhões, levemente acima da expectativa mediana dos economistas do mercado financeiro compilada no consenso Bloomberg, que apontava para 3 milhões de requisições do benefício.

O número de pedidos na semana anterior foi de 3,84 milhões. Os novos registros elevam o saldo negativo da crise por causa da pandemia de coronavírus para mais de 30 milhões de desempregados.

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As bolsas da Ásia fecharam todas muito próximas à estabilidade, com pequeno avanço em Tóquio, mas quedas nas outras praças. Os mercados refletiram a balança comercial de abril da China, publicada na madrugada pela Autoridade Alfandegária do país. Houve crescimento de 3,9% nas exportações, embora as importações tenham caído.

Copom

Em uma decisão que surpreendeu boa parte dos economistas, o Copom do Banco Central anunciou o corte em 0,75 ponto percentual da Selic, levando para uma nova mínima histórica de 3% ao ano e indicou no comunicado que pode fazer um novo corte na próxima reunião, não maior do que o atual.

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Roberto Secemski, do Barclays, diz que a decisão foi surpreendentemente dovishI, porém era o mínimo que o Copom poderia fazer. Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de política monetária do Banco Central entre os anos de 1999 e 2003 e hoje presidente da Mauá Capital, afirma que a instituição acelerou o passo com o corte de 0,75 ponto porcentual na taxa de juros Selic. No entanto, para ele, há espaço para reduzir ainda mais. “Eu iria para próximo de 2% muito mais rapidamente. Mesmo sendo mais agressivo, o BC ainda está com uma postura mais cautelosa”, afirma.

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