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Economia

Dólar fecha em queda com mercado de olho em Banco Central dos EUA

O foco dos agentes financeiros está na quarta-feira, quando o banco central norte-americano, conhecido como Fed, divulgará a ata de sua reunião de política monetária de abril, informa a Reuters

(Foto: REUTERS/Rick Wilking)
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(Reuters) - O dólar fechou com variação discreta nesta segunda-feira e em tom mais fraco do que no começo do dia, conforme operadores locais acompanharam a perda de força da moeda no exterior em meio a dúvidas acerca do apelo do ativo num cenário de inflação em alta e juros baixos nos EUA.

O foco dos agentes financeiros está na quarta-feira, quando o banco central norte-americano, conhecido como Fed, divulgará a ata de sua reunião de política monetária de abril.

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O dólar vem mostrando fraqueza em todo o mundo mais recentemente pela interpretação de que a inflação está ganhando ritmo nos EUA em meio aos massivos estímulos monetários e fiscais.

Períodos de inflação em alta geralmente beneficiam o dólar por virem acompanhados de expectativa de aumentos dos juros norte-americanos. No entanto, o mercado não embarcou em apostas de mais juros no curto prazo, já que o Fed tem dito que manterá as taxas baixas por mais alguns anos.

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Com esse pano de fundo, o dólar vê seu valor corroído pela elevação das expectativas de inflação, que por sua vez derruba a taxa real de juros, minando a atratividade da moeda como opção de investimento.

Na ata do Fed a ser divulgada na quarta, investidores vão buscar saber se o banco central manterá com a mesma assertividade o compromisso de juros baixos com entendimento de inflação transitória.

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O debate sobre o dólar no mundo ocorre enquanto no Brasil a moeda parece estar em terreno excessivamente vendido depois da queda de 9,7% entre a máxima de 13 de abril, acima de 5,76 reais, e a mínima do último dia 10 (5,2065 reais).

O BTG Pactual vê como suportes mais próximos as taxas de 5,2735 reais e 5,2065 reais. O índice de força relativa de 14 dias --uma medida de quão excessivamente fraco ou forte um ativo está-- ronda 36. Patamares em torno de 30 costumam ser vistos como indicativo de que um ativo (no caso, o dólar) está excessivamente fraco, o que pode abrir espaço para compras de oportunidade.

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No fechamento do mercado à vista nesta segunda, o dólar teve variação negativa de 0,09%, a 5,2665 reais na venda. Ao longo do dia, oscilou de 5,3212 reais (+0,95%) --ainda no começo do pregão-- a 5,2462 reais (-0,47%), por volta de 14h.

O dólar cai 3,04% em maio, o que deixa o real na vice-liderança entre as moedas de melhor desempenho no mês, atrás somente do florim húngaro, com ganho de 3,6%. Dados da agência norte-americana que regula os mercados futuros mostraram que fundos e especuladores dos Estados Unidos ficaram comprados em real (apostando na alta da moeda brasileira) pela primeira vez em quase dois anos.

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Isso não significa, porém, que haja visão estruturalmente otimista em relação à taxa de câmbio.

O UBS, por exemplo, avalia que o interesse pelo real para operações de "carry trade" permanece baixo, afetado por uma perspectiva de ambiente político-fiscal ainda "volátil e desafiador" no Brasil.

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"Em resumo, estamos (UBS) falando em uma postura neutra. Não estamos tão convictos sobre o Brasil neste momento e estamos no modo esperar para ver como as dinâmicas domésticas vão se desenrolar", disse Alejo Czerwonko, chefe de investimentos para América Latina e emergentes do banco privado.

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