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Economia

Dólar volta a subir com incerteza eleitoral e vai a R$ 4,14

Apesar do dia de poucas notícias e com os mercados no exterior em alta, o dólar tem uma terça-feira (28) de bastante estresse, chegando a superar a marca de R$ 4,14 por um momento; às 15h30, o dólar comercial subia 1,06%, cotado a R$ 3,1245 na venda

Dólar volta a subir com incerteza eleitoral e vai a R$ 4,14 (Foto: REUTERS/Gary Cameron)
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Infomoney - Apesar do dia de poucas notícias e com os mercados no exterior em alta, o dólar tem uma terça-feira (28) de bastante estresse, chegando a superar a marca de R$ 4,14 por um momento. Às 15h30, o dólar comercial subia 1,06%, cotado a R$ 3,1245 na venda. Mas diante de um dia sem nenhuma nova notícia, o que explica a disparada da moeda norte-americana?

A sessão é de queda no Dollar Index (índice de compara o dólar com uma cesta de moedas), além de recuo da moeda norte-americana contra o euro e yen. Porém, o primeiro sinal de que o dia não é tão positivo assim é que a divisa dos EUA tem um dia de alta contra algumas economias mais frágeis, caso do peso mexicano, que mesmo após o acordo econômico da véspera, hoje não tem forças para se recuperar.

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Segundo Pablo Spyer, diretor de operações da corretora Mirae Asset, a confiança do consumidor é fator decisivo no pregão desta terça, em um movimento de "flight to quality" (expressão para quando o investidor procura ativos de maior qualidade, ou mais proteção). E neste cenário, três motivos ajudam a entender porque o mercado está fugindo de países como o Brasil.

O primeiro motivo é a proximidade da formação da Ptax, que gera uma "disputa" no mercado pela formação desta taxa do dólar, que é usada para balizar liquidação financeira dos contratos na virada do mês. Ou seja, pelo menos até a sexta-feira é esperada uma forte volatilidade, com os investidores tentando definir de forma mais vantajosa para si o valor da Ptax.

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"Emergentes têm viés misto para negativo e, aqui, obviamente, isso é aumentado", disse Cleber Alessie, operador de câmbio da H. Commcor, para a Bloomberg. "Pode ser que mercado esteja aproveitando a fragilidade recente dos ativos para tentar fechar uma Ptax em torno de R$ 4,10 ou mais alta. Há mais embasamento para uma Ptax alta do que baixa e BC segue monitorando quieto, sem ter falado nada até agora", completou.

Como segundo fator, segundo Spyer, está o imbróglio eleitoral, que continua dando espaço para especuladores atuarem. Este é um cenário que dificilmente mudará no próximo mês, sendo que a cada nova pesquisa eleitoral e a cada nova notícia envolvendo os presidenciáveis, o mercado tenderá a sofrer fortes mudanças conforme se desenha o cenário entre os favoritos a ganharem o pleito de outubro.

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Por fim, o diretor da Mirae cita a alta do CDS (Credit Default Swap, considerado um seguro de risco contra o calote), também chamado de "risco-país", que está próximo de sua máxima em um ano. Isso também é reflexo das inseguranças econômicas e políticas que o Brasil passa neste momento.

Em relatório publicado nesta terça, o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, afirma que o dólar "segue forte e destoando do que acontece no exterior, em claro movimento de proteção". Ele ressalta que o mercado tem respeitado o patamar de R$ 4,12 nos últimos dias, mas que isso não é sinal de que a moeda já atingiu seu pico, com chances de vermos níveis como R$ 4,25 em breve.

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