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Economia

Economista explica o fracasso de Meirelles

O ajuste fiscal prometido por Henrique Meirelles, que derrubou a arrecadação de impostos com a depressão econômica que produziu, simplesmente não existiu. "Os investimentos públicos federais – principal alvo dos cortes no Orçamento – já atingem seu menor nível em 15 anos em relação ao PIB, resultando na paralisação das obras de infraestrutura no país. Isso quando a economia precisa desesperadamente de motores de crescimento autônomo. E, sem a retomada da arrecadação, a tarefa de equilibrar as contas continua hercúlea", explica a economista Laura Carvalho, professora da Universidade de São Paulo; ou seja: a chamada "austeridade" só conseguiu tornar ainda piores os indicadores fiscais

O ajuste fiscal prometido por Henrique Meirelles, que derrubou a arrecadação de impostos com a depressão econômica que produziu, simplesmente não existiu. "Os investimentos públicos federais – principal alvo dos cortes no Orçamento – já atingem seu menor nível em 15 anos em relação ao PIB, resultando na paralisação das obras de infraestrutura no país. Isso quando a economia precisa desesperadamente de motores de crescimento autônomo. E, sem a retomada da arrecadação, a tarefa de equilibrar as contas continua hercúlea", explica a economista Laura Carvalho, professora da Universidade de São Paulo; ou seja: a chamada "austeridade" só conseguiu tornar ainda piores os indicadores fiscais (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – De todas as farsas do governo Temer, poucas são tão grotescas quanto a ideia de que a atual administração é responsável e produz um ajuste fiscal. Depois de cavar um rombo de R$ 155 bilhões no ano passado, a equipe econômica capitaneada por Henrique Meirelles dificilmente cumprirá a meta de 2017, que já prevê um déficit de R$ 139 bilhões.

O fracasso da política fiscal foi demonstrado nesta quinta-feira pela economista Laura Carvalho, professora da Universidade de São Paulo, em artigo publicado na Folha de S. Paulo.

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"O ministro Henrique Meirelles, em julho de 2016, tinha tranquilizado sua base ao afirmar que, para equilibrar as contas públicas, 'o plano A é o controle de despesas, o B é privatização, e o C, aumento de imposto'. Um ano depois, com as frustrações sucessivas de arrecaação, o governo parece ter adotado o plano C", diz ela. "E, se não vierem as receitas extraordinárias esperadas, podemos assistir a um completo apagão da máquina pública ou ainda, na melhor das hipóteses, à quarta redução da meta fiscal desde que foi dado o pontapé inicial do ajuste, em 2015."

"Dois anos e meio após o início do que seria um ajuste fiscal rápido, os investimentos públicos federais —principal alvo dos cortes no Orçamento— já atingem seu menor nível em 15 anos em relação ao PIB, resultando na paralisação das obras de infraestrutura no país. Isso quando a economia precisa desesperadamente de motores de crescimento autônomo. E, sem a retomada da arrecadação, a tarefa de equilibrar as contas continua hercúlea", afirma a economista. "Nada disso é suficiente, no entanto, para convencer os vendedores de panaceias fiscais de que a política que defendem está no rumo errado. Diante do colapso iminente, insistem em que tudo se resolverá com a reforma da Previdência. O que revelam as mais recentes pesquisas de opinião é que pregam cada vez mais para convertidos."

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