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Economia

Eletrobras contabiliza custo de R$ 300 mi com corrupção

Nos documentos enviados à reguladora do mercado norte-americano de ações (SEC), a estatal estimou impactos financeiros de cerca de 300 milhões de reais devido às irregularidades, que teriam incluído propinas de entre 1 e 6 por cento do valor de alguns contratos, além de 10 por cento em uma contratação específica, alvo de cartel

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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A estatal Eletrobras (ELET6.SA: Cotações) entregou nesta terça-feira nos Estados Unidos informações financeiras de 2014 e 2015, que estavam atrasadas devido a investigações internas que apontaram irregularidades em pelo menos quatro empreendimentos da companhia, disse a elétrica em comunicado ao mercado.

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Nos documentos enviados à reguladora do mercado norte-americano de ações (SEC), a estatal estimou impactos financeiros de cerca de 300 milhões de reais devido às irregularidades, que teriam incluído propinas de entre 1 e 6 por cento do valor de alguns contratos, além de 10 por cento em uma contratação específica, alvo de cartel.

A estatal também disse que a investigação independente conduzida na companhia por escritórios de advocacia e consultorias "ainda possui procedimentos adicionais a serem executados" e que "novas informações relevantes podem ser reveladas no futuro".

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As informações confirmam reportagem publicada na semana passada pela Reuters, afirmando que as investigações na Eletrobras continuariam, após descobertas de irregularidades além de Angra 3 e de Belo Monte, que já foram alvo da Operação Lava Jato-- que apura um enorme esquema de corrupção entre estatais, empresas privadas e partidos políticos no Brasil.

Segundo a Eletrobras, sua investigação interna encontrou cerca de 141 milhões de reais como custo de corrupção em Angra 3, além de 67 milhões de reais na termelétrica Mauá 3 e 2,6 milhões na hidrelétrica de Simplício. Outro empreendimento no qual a elétrica é sócia, cujo nome não foi aberto, teve 91,5 milhões de reais em custos com irregularidades.

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A companhia, no entanto, havia feito provisões de 144 milhões de reais para esses empreendimentos que foram revertidas, abatendo parte dos custos registrados.

Segundo a Eletrobras, a investigação descobriu "cartel e propinas que teriam sido pagas por certos empreiteiros e fornecedores" contratados por subsidiárias da companhia ou empreendimentos nos quais ela era acionista minoritária.

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As apurações também encontraram "propinas utilizadas para financiar pagamentos indevidos a partidos políticos, funcionários eleitos ou outros funcionários públicos", a maior parte delas atribuída a "intermediários que agiam em nome dessas empreiteiras e fornecedores".

A Eletrobras disse ainda que não foram identificados superfaturamentos após o final de 2015 e destacou que pretende no futuro pedir reparação pelos danos sofridos.

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As apurações internas da Eletrobras tiveram início em 2015, após notícias relacionarem a usina de Angra 3 como possível alvo de propinas por investigados na Lava Jato. Os trabalhos envolveram mais de 200 profissionais dos escritórios de advocacia Hogan Lovells, WFaria e Pinheiro Neto, além da consultoria em riscos e investigação Kroll e das auditorias KPMG e PwC.

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