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Economia

Empresário quer ser ‘rei’ da maconha legalizada

No ramo desde 2007, Justin Hartfield, fundador do Weedmaps.com, pretende se tornar o Philip Morris da indústria americana da planta, quando ela for legalizada nos Estados Unidos; ele investe hoje em algumas das principais empresas de tecnologia da maconha; "a proibição está prestes a acabar", anuncia

No ramo desde 2007, Justin Hartfield, fundador do Weedmaps.com, pretende se tornar o Philip Morris da indústria americana da planta, quando ela for legalizada nos Estados Unidos; ele investe hoje em algumas das principais empresas de tecnologia da maconha; "a proibição está prestes a acabar", anuncia (Foto: Gisele Federicce)
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SÃO PAULO - Justin Hartfield já tem planos para quando os Estados Unidos legalizarem a maconha. No ramo desde 2007, Hartfield pretende se tornar o Philip Morris da indústria americana da planta.

Utilizando a mesma estratégia de empresários nos anos 20 e início dos 30, que enriqueceram quando o álcool foi legalizado, Hartfield está executando uma versão parecida na era da internet: ele investe em algumas das principais empresas de tecnologia da maconha. "A proibição está prestes a acabar. E aqueles que estavam aqui desde o começo, se estiverem posicionados de forma inteligente, vão colher os frutos. Acho que estamos muito bem posicionados", disse o empresário ao site do jornal The Wall Street Journal.

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De acordo com a publicação, ele quer fazer de tudo, desde fornecer avaliações da qualidade da maconha para especialistas em cannabis (nome científico da planta da maconha) até vender as próprias. "A maconha não será rentável no longo prazo, ela vai custar um dólar por grama. Então, alguém tem de intervir e tornar seu cultivo rentável", disse. "Sou a melhor pessoa para fazer isso."

O negócio de Hartfield parece ter futuro. Vinte estados americanos e o Distrito de Columbia aprovaram leis que legalizam a maconha para uso medicinal. Outros 14 estão considerando isso. Ainda este ano, eleitores de Oregon e do Alasca podem se juntar a Washiginton e Colorado e legalizar o uso da maconha para fins recreativos. Apenas no Colorado, foram arrecadados US$ 2 milhões em impostos e taxas no último janeiro, primeiro mês de vendas legais da maconha.

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Formado em ciência da computação pela Universidade da Califórnia, Hartfield tinha um emprego bem remunerado como programador. Aos 21, decidiu largar tudo para se tornar dono do próprio negócio e embarcou numa sequência de empreendimentos mal-sucedidos, como série de livros eletrônicos de autoajuda e um guia para atrair mulheres no Facebook.

Em meados de 2007, Hartfield recebeu autorização para comprar maconha medicinal, alegando insônia e ansiedade. Quando visitou seu primeiro dispensário, "não pude acreditar", recorda. "Tinha esse cara vendendo maconha em jarros. Foi um choque para mim". Ele foi para casa e criou o site Weedmaps.com.

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Na época, havia pouca informação on-line sobre onde encontrar os dispensários de maconha, e Hartfield viu aí uma oportunidade. WeedMaps foi criado para usuários de maconha medicinal na Califórnia poderem encontrar médicos e dispensários, avaliá-los, ler comentários e enviar mensagens uns aos outros.

Durante um ano, Hartfield visitou "cada dispensário na Califórnia", diz, oferecendo listagem gratuita no Weedmaps.com. Em 2010, começou a cobrar. Hoje, a taxa mensal para entrar na lista começa em US$ 295. Em 2013, o site faturou mais de US$ 25 milhões. Ele inclui 4.121 empresas, representando todos os Estados com alguma forma de legalização. Hartfield emprega mais de 60 pessoas.

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O sucesso do site permitiu a Hartfield investir em firmas novatas da indústria da maconha através da Ghost Group, a empresa que controla seus negócios. A Ghost Group está "focando em tecnologia, software, hardware" que, como o WeedMaps, são inteiramente legais, ou seja, não se envolvem no plantio direto. Os empreendimentos, no entanto, estão em áreas do setor que serão significativas se a maconha se tornar um produto legal e regulamentado, como o álcool. "Só estou fazendo tudo que posso legalmente nesta indústria, sem o risco de parar na cadeia", diz.

Para o consumidor final, Hartfield diz que há um aparelho em desenvolvimento que pode ser anexado a um smartphone para testar a erva. Ele está "em negociações" com o desenvolvedor deste "laboratório portátil".

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"Se houver uma legalização completa, você vai ter uma opção: você pode ir a uma loja ou pode comprar de nós. Vamos entregar em 24 horas. É por isso que temos marijuana.com. Queremos atingir diretamente o consumidor como o wine.com [um site de venda de vinhos]. Nós amamos esse modelo", diz. "Se a maconha for regulada como o álcool, podemos enviá-la para as pessoas sob as mesmas regras e regulamentos que já existem para vinícolas e distribuidores", concluiu o empresário.

Texto publicado originalmente no site Infomoney

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