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Economia

Em projeção trimestral, BC volta a reduzir estimativa de crescimento do PIB para 0,8% em 2019

Fiasco da política econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente Jair Bolsonaro, que já fez com que o mercado reduzisse a projeção de crescimento do PIB mais de 15 vezes consecutivas, também levou o BC a reduzir sua projeção de crescimento neste ano para 0,8%, ante estimativa anterior, feita em março, de uma expansão de 2,0%

(Foto: Isac Nóbrega/PR)
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Reuters - O Banco Central reduziu sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019 para 0,8%, de uma estimativa anterior em março de expansão de 2,0%.

No Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, a autoridade monetária atribuiu a mudança à retração da atividade no primeiro trimestre e à ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores divulgados para o segundo trimestre.

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O BC também citou o recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores, destacando os impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento, e salientou que a economia segue operando com elevado nível de ociosidade dos fatores de produção.

Com a redução da projeção, o BC segue a leitura do mercado, que vem repetidamente revisando para baixo seu cenário para a economia. A última pesquisa Focus, feita pelo BC junto a economistas, aponta um crescimento de 0,87% no ano. 

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A expectativa do BC para a indústria em 2019 foi reduzida a um crescimento de apenas 0,2%, de 1,8% antes, refletindo recuos nas expectativas de crescimento para todos os segmentos do setor, exceto produção e distribuição de eletricidade, gás e

água.

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O setor de serviços também teve seu cenário piorado, a um crescimento de 1,0% sobre 2,0% em março. Por outro lado, o BC praticamente manteve as expectativas para a agropecuária, vendo expansão de 1,1% em 2019 de 1,0% antes.

Já o consumo das famílias deve crescer na visão do BC 1,4% no ano, uma redução sobre a expectativa de 2,2% no relatório anterior. A projeção para o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) passou de 4,3% para 2,9%, enquanto o consumo do governo deverá crescer 0,3%, sobre 0,6% visto em março.

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O BC já havia estimado nesta semana que a economia brasileira deve ficar perto da estabilidade neste segundo trimestre, com uma “nítida” interrupção em seu processo de recuperação como reflexo de uma mudança na dinâmica da atividade depois do segundo trimestre de 2018.[nL2N23W0AF]

POLÍTICA MONETÁRIA

No relatório, o BC ainda manteve suas projeções para a inflação em relação ao divulgado na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Em cenário que considera trajetórias de juros e câmbio previstas pelo mercado, o BC vê inflação de 3,6% em 2019 e de 3,9% em 2020. As metas para o ano são de 4,25% e 4,0%, respectivamente, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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Em cenário que considera juros e câmbio constantes, a estimativa é de inflação de 3,6% em 2019 e de 3,7% em 2020.

O BC reiterou avaliação da ata do Copom de que o cenário básico de inflação aponta que o nível de ociosidade elevado pode continuar produzindo trajetória prospectiva abaixo do esperado e que eventual frustração das expectativas para reformas pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetóriada inflação.

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“O Comitê avalia que o balanço de riscos para a inflação evoluiu de maneira favorável, mas entende que, neste momento, o risco (das reformas) é preponderante”, reforçou o BC no relatório.

Na última reunião do Copom, na semana passada, o colegiado deixou a taxa de juros inalterada em 6,5% ao ano.

Por Isabel Versiani

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