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Economia

Flexibilizar não traz emprego, diz Pochmann a comissão do Senado

Durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o economista Marcio Pochmann disse que não há relação entre flexibilização e criação de empregos; "Essas propostas não alteram o principal problema do país, que é a recessão e o desemprego", afirmou; "A economia brasileira tem convivido com mudanças importantes, e o mercado de trabalho não tem sido uma restrição aos ajustes. O Brasil tem sido um dos poucos países em que as empresas não têm restrição do mercado de trabalho para se ajustar às oscilações da atividade econômica", observou Pochmann

Durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o economista Marcio Pochmann disse que não há relação entre flexibilização e criação de empregos; "Essas propostas não alteram o principal problema do país, que é a recessão e o desemprego", afirmou; "A economia brasileira tem convivido com mudanças importantes, e o mercado de trabalho não tem sido uma restrição aos ajustes. O Brasil tem sido um dos poucos países em que as empresas não têm restrição do mercado de trabalho para se ajustar às oscilações da atividade econômica", observou Pochmann (Foto: Aquiles Lins)
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Por Vitor Nuzzi, da RBA - Com tentativa de obstrução por parte da oposição, a reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado começou nesta terça-feira (23), na expectativa de leitura do parecer sobre o projeto de lei de "reforma" trabalhista, o PLC 38. Primeiro a falar, o economista Marcio Pochmann, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente da Fundação Perseu Abramo, disse que não há relação entre flexibilização e criação de empregos.

"Essas propostas não alteram o principal problema do país, que é a recessão e o desemprego", afirmou, acrescentando que o ideal seria realizar a discussão no início ou até o meio do mandato parlamentar, e não em um período mais próximo do final e em um momento de crise política.

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"A economia brasileira tem convivido com mudanças importantes, e o mercado de trabalho não tem sido uma restrição aos ajustes. O Brasil tem sido um dos poucos países em que as empresas não têm restrição do mercado de trabalho para se ajustar às oscilações da atividade econômica", observou Pochmann, lembrando que estudos internacionais não mostram elevação do nível de emprego com mudanças na legislação. O impacto se dá, emendou, pela demanda agregada.

Países que adotaram algumas medidas protetoras conseguiram, em certa medida, conter perdas, enquanto os que optaram pela liberalização provocaram precarização, criando um novo "segmento" – dos precarizados.

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Marcada para as 8h30, a sessão da CAE começou com discussão. Parlamentares da oposição pediram a suspensão da reunião, mas o presidente do colegiado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), desconsiderou. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) protestava contra a leitura do parecer, lembrando que o relator, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), havia anunciado na quinta-feira passada (18) que o calendário estava suspenso devido à crise política, mudando de ideia ontem. "Eu apelo para o seu equilíbrio emocional", disse Tasso. "Estou equilibrado", respondeu Lindbergh.

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) reforçou o pedido. "É completamente inoportuno (continuar debatendo a matéria) no momento em que o país vive. Há uma posição majoritária na sociedade contra esse conjunto de reformas", afirmou, citando ainda a reforma da Previdência, em tramitação na Câmara.

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Tasso disse que manter a reunião da CAE era uma forma de mostrar à sociedade "que o país não está desorganizado". É importante, afirmou, "dar andamento aos trabalhos para mostrar ao país que o Legislativo está funcionando".

Falaram a favor do projeto os professores André Portela, da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, e Sérgio Pinheiro Firpo, do Insper. O relatório de Ferraço deverá ser lido após a sessão de debates.

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