Folha desce o sarrafo em Mantega: "sofrível"
Jornal contesta, em editorial, a qualidade do superávit primário de R$ 75 bilhões anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para acalmar os "nervosinhos"; ou seja: mesmo com a meta cumprida, críticos da política econômica não se satisfazem
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247 - O superávit de R$ 75 bilhões nas contas públicas, anunciado com antecedência pelo ministro Guido Mantega para "acalmar os nervosinhos", não foi bem recebido na Alameda Barão de Limeira, em São Paulo, onde funciona a sede da Folha de S. Paulo.
Editorial duro, publicado neste domingo, afirma que o resultado foi "sofrível" (leia aqui o texto "Otimismo primário"). "O ministro, porém, não fez mais do que confirmar que o governo conseguiu, na undécima hora, remendar um desempenho fiscal na melhor das hipóteses sofrível", diz o texto da Folha.
"Pelo menos 45% da meta de superavit federal foi preenchida graças a receitas extraordinárias, como os recursos obtidos com o leilão do campo de petróleo de Libra e o refinanciamento de débitos tributários. Como verbas dessa natureza são imprevisíveis por definição, não emprestam grande credibilidade e confiabilidade à administração das contas públicas."
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