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Economia

Ford anuncia venda das fábricas de Santo André e Taubaté

Montadora, que deixou o Brasil no ano passado, vendeu as fábricas paulistas para a São José Desenvolvimento Imobiliário. Conclusão da transação depende de aprovação do Cade

(Foto: Reprodução | Sergio Figueiredo/Divulgação)
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Cezar Xavier, Portal Vermelho - A Ford anunciou na quarta (18) que assinou contrato de venda da fábrica de Santo André (SP) e Taubaté (SP) para a São José Desenvolvimento Imobiliário, cujo terrenos darão lugar a centros de logística – após ter a aquisição descartada por outras montadoras. O mesmo negócio foi fechado também em São Bernardo do Campo.

A concretização do negócio, no entanto, ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De acordo com a montadora, todo o processo de venda deverá ser concluído no prazo de 60 a 90 dias.

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A fábrica de automóveis do grupo de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, fechada em 2011, também foi vendida para a construtora em 2020, por R$ 550 milhões. No ano seguinte, a empresa iniciou a construção do centro logístico -somando investimentos de R$ 1,2 bilhão.

A Ford anunciou no início de 2021 o encerramento das suas atividades no Brasil, após mais de 100 anos montando veículos no país. A despedida precedeu o fim das atividades em Taubaté (SP) e Camaçari (BA), no ano passado, quando a Oval Azul encerrou suas operações de manufatura em solo brasileiro.

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Em nota à época do anúncio, a empresa citou, entre outros fatores, os impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) que “amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.

Em fevereiro de 2021, a Fundação Procon de São Paulo e a Ford fecharam um acordo em que a empresa se comprometeu a manter a assistência ao consumidor no país, com operações de vendas, serviços, assistência técnica, peças de reposição e garantia.

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Agora importadora de veículos da marca, a Ford também tem à venda as instalações da fábrica de Camaçari (BA), onde eram produzidos automóveis, e a da Troller, em Horizonte (CE), que fazia jipes com essa marca.

ABC metalúrgico

O ABC, região metropolitana de São Paulo, chegou a abrigar quase a totalidade das fábricas de veículos instaladas no País entre as décadas de 1950 e 1970. Ao longo das últimas décadas, montadoras têm direcionado investimentos para outras localidades do Brasil devido à guerra fiscal promovida por estados. Neste mês, a Toyota anunciou o fechamento da sua fábrica em São Bernardo do Campo.

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A região segue com fábricas de importantes montadoras, como General Motors, Mercedes-Benz, Scania e Volkswagen, que anunciaram investimentos bilionários para modernizar e ampliar a produção das respectivas unidades ali instaladas.

Desde os anos 1990, montadoras que ainda não produziam no Brasil preferiram se instalar fora do ABC Paulista. Ao longo dos anos, outros Estados e cidades iniciaram uma guerra fiscal e melhoraram a respectiva infraestrutura urbana, enquanto as regiões pioneiras ficaram obsoletas para novos investimentos.

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Toyota e Honda foram para o interior de São Paulo; Renault e Volkswagen construíram linhas em São José dos Pinhais (PR); Ford investiu em Camaçari (BA); General Motors escolheu Gravataí (RS); Nissan e Peugeot/Citroën selecionaram respectivamente, Resende e Porto Real no Rio de Janeiro; Jeep elegeu Goiana (PE); e muito antes, lá nos anos 1970, Fiat preferiu Betim (MG) para dar início à sua atividade industrial no Brasil.

As prefeituras do ABC criticam a falta de política federal, especialmente na área tributária. Alegam que oferecem benefícios fiscais às montadoras, mas consideram inviável a doação de terrenos, devido ao alto custo em relação a outras regiões. Também tentam garantir que as áreas abandonadas sejam ocupadas por outras empresas, em vez de mera especulação imobiliária.

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