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Economia

FUP: política de preços da Petrobras beneficia o mercado, não a população

Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou a mudança na política de preços dos combustíveis pela Petrobras, presidida por Pedro Parente, pois "na verdade o maior beneficiado foi o mercado"; "A gestão da Petrobrás fez mais uma jogada ensaiada com a mídia, ao anunciar mudanças na política de preços dos combustíveis. Os jornais trataram o fato com estardalhaço, como se fosse um presentão do governo Temer para a população, quando na verdade o maior beneficiado foi o mercado. As ações da empresa dispararam, os revendedores aumentarão suas margens de lucro e o efeito no bolso do consumidor será ínfimo: cerca de 3 centavos por litro da gasolina", afirma a entidade, em nota

Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou a mudança na política de preços dos combustíveis pela Petrobras, presidida por Pedro Parente, pois "na verdade o maior beneficiado foi o mercado"; "A gestão da Petrobrás fez mais uma jogada ensaiada com a mídia, ao anunciar mudanças na política de preços dos combustíveis. Os jornais trataram o fato com estardalhaço, como se fosse um presentão do governo Temer para a população, quando na verdade o maior beneficiado foi o mercado. As ações da empresa dispararam, os revendedores aumentarão suas margens de lucro e o efeito no bolso do consumidor será ínfimo: cerca de 3 centavos por litro da gasolina", afirma a entidade, em nota (Foto: Paulo Emílio)
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247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou a mudança na política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras, sob direção de Pedro Parente, uma vez que, de acordo com a entidade, "na verdade o maior beneficiado foi o mercado. As ações da empresa dispararam, os revendedores aumentarão suas margens de lucro e o efeito no bolso do consumidor será ínfimo: cerca de 3 centavos por litro da gasolina".

"Justamente agora, quando os preços do barril começam a subir e os analistas internacionais apontam uma recuperação gradual da commodity, a Petrobrás volta a praticar a paridade de preços com o mercado internacional sem estabelecer mecanismos de proteção para o consumidor. Nos anos 90, vimos as consequências dessa política, quando a gasolina brasileira chegou a ser cotada entre as 20 mais caras do mundo", diz a nota.

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Os petroleiros afirmam ainda que o anúncio da nova política de preços foi "mais uma jogada ensaiada com a mídia". "Os jornais trataram o fato com estardalhaço, como se fosse um presentão do governo Temer para a população", critica o texto da FUP. Confira a íntegra da nota:

PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS: QUEM GANHA E QUEM PERDE

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A gestão da Petrobrás fez mais uma jogada ensaiada com a mídia, ao anunciar mudanças na política de preços dos combustíveis. Os jornais trataram o fato com estardalhaço, como se fosse um presentão do governo Temer para a população, quando na verdade o maior beneficiado foi o mercado. As ações da empresa dispararam, os revendedores aumentarão suas margens de lucro e o efeito no bolso do consumidor será ínfimo: cerca de 3 centavos por litro da gasolina, segundo estimativas do sindicato dos postos de combustíveis.

Para que a população possa entender o que está por trás das mudanças anunciadas, é preciso esclarecer como é a composição dos preços dos combustíveis. Em cada litro de gasolina comercializado, que custa em média R$ 3,65, a Petrobrás recebe 30%. Ou seja, a empresa, que pesquisa, explora e refina, ganha R$ 1,10, valor que não compra sequer um litro de água. Os demais R$ 2,55 são para cobrir os tributos federais e estaduais (37%), as margens dos revendedores (11%) e dos distribuidores (5%) e outros custos.

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Até 2003, a Petrobrás reajustava mensalmente os seus preços. Depois, começou a exercer uma política de preços que levava em consideração tanto o mercado externo quanto o interno, preservando os interesses nacionais e as necessidades da população.

A partir de 2011, por determinação do governo Dilma, a empresa passou a segurar os preços dos combustíveis, o que gerou uma perda de receita equivalente a R$ 60 bilhões, segundo especialistas do setor. Para compensar o que deixou de arrecadar nesse período, a companhia manteve os preços que vinha praticando, apesar da queda do barril do petróleo.

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Justamente agora, quando os preços do barril começam a subir e os analistas internacionais apontam uma recuperação gradual da commodity, a Petrobrás volta a praticar a paridade de preços com o mercado internacional sem estabelecer mecanismos de proteção para o consumidor.

Nos anos 90, vimos as consequências dessa política, quando a gasolina brasileira chegou a ser cotada entre as 20 mais caras do mundo. Para se ter uma ideia, entre 1995 e 2002, o preço do combustível sofreu reajustes de 350%, uma média de 44% ao ano. De 2003 a 2015, o reajuste foi de 45%, uma média de 3.75% ao ano.

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A nova política de reajuste não garante estabilidade e, portanto, voltará a penalizar a sociedade com a variação dos preços no mercado externo. A principal justificativa da direção da Petrobrás é de que o "crescente volume de importações" estaria reduzindo a participação da empresa no mercado de distribuição.

Se de fato a gestão da companhia estivesse preocupada com a perda de mercado, não abriria mão da BR, uma de suas mais lucrativas subsidiárias, cuja compra está sendo disputada por segmentos que vão das Lojas Americanas ao Itaú, tamanha a vantagem do negócio.

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A Petrobrás de Pedro Parente vai na contramão da empresa pública, que abastece a mais distante cidade no Norte do país. A empresa que ele defende não tem função social alguma a não ser dar lucro aos acionistas privados.

Anunciar a redução dos preços antes da abertura do mercado favorece a quem, se não os especuladores que embolsaram ganhos de mais de 3% no dia? Os usineiros e distribuidores, por sua vez, já avisaram que não irão reduzir suas margens de lucro. Fica bem claro, portanto, que quem ganhou com a nova política de preços da Petrobrás são os mesmos de sempre

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