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Economia

Gabrielli desmonta argumentos pró-entreguismo

Para o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli de Azevedo, "a alegação de falta de capitais e tecnologias nos países hospedeiros" para a entrada de multinacionais "não procede em relação ao Brasil, que é líder da tecnologia e possui capitais para desenvolver seus recursos a longo prazo"

Gabrielli desmonta argumentos pró-entreguismo (Foto: PT no Senado)
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247 - O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli de Azevedo, 68 anos, afirma que, "em certos momentos, as relações de forças internas dos países permitem uma avassaladora entrada de empresas internacionais sob a alegação de falta de capitais e tecnologias nos países hospedeiros". "Essa alegação não procede em relação ao Brasil, que é líder da tecnologia e possui capitais para desenvolver seus recursos a longo prazo, mesmo com dificuldades a curto prazo", diz ele em entrevista publicada na Carta Capital.

O ex-dirigente também diz que "o argumento de que a otimização dos resultados do refino pode levar à ociosidade de algumas unidades de processo, especialmente aquelas de conversão do petróleo pesado em derivados leves, é falacioso em situações em que a produção nacional de petróleo cru cresce a custos declinantes e os preços de derivados no mercado interno estão crescendo ou estão estabilizados". "Nesse caso, o objetivo da otimização deveria levar em conta a máxima utilização das unidades já instaladas", acrescenta.

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Segundo Gabrielli, os Estados Unidos "aumentaram muito sua produção nos últimos anos com a generalização das técnicas de fracking (injeção de líquido sob alta pressão em rochas para abrir fissuras e extrair petróleo e gás) e a produção de shale gas (gás do xisto) e condensados associados, reduzindo muito sua dependência do petróleo importado nos próximos cinco a sete anos. O declínio da produção, no entanto, é acelerado e eles vão precisar de novas fontes em meados da próxima década".

"Para esse fim, essas novas fontes precisam começar as atividades de exploração e desenvolvimento dos sistemas que levam de quatro a cinco anos para iniciar a produção. A abertura de novas áreas exploratórias no pré-sal brasileiro ajusta-se perfeitamente a este calendário americano", esclarece.

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"A questão-chave é saber se o Brasil precisa, nos próximos dois a três anos, acelerar a exploração de suas áreas potenciais ou se isso pode esperar esse período para a recuperação da situação financeira da Petrobras e a reconstrução da cadeia produtiva de petróleo e gás dizimada pela Lava Jato. A consciência da sociedade brasileira sobre a importância estratégica de longo prazo do acesso a esses recursos determinará a resposta a essa ofensiva internacional", acrescenta.

Leia a íntegra da entrevista

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