Governo pode incluir abatimento de R$ 60 bi em meta de primário de 2017
Governo está considerando incluir possibilidade de abatimento de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões na meta de superávit primário de 2017 no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano que encaminhará ao Congresso Nacional; números ainda não foram fechados, mas a indicação é de que metade do abatimento viria com frustração de receitas e a outra metade com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), indicando que déficit primário de 2017 pode chegar a R$ 60 bilhões com os abatimentos, repetindo a fórmula dos últimos anos; em 2015, o rombo primário foi de R$ 111,2 bilhões de reais (-1,88 por cento do PIB)
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Reuters - O governo está considerando incluir possibilidade de abatimento de 50 bilhões a 60 bilhões de reais na meta de superávit primário de 2017 no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano que encaminhará ao Congresso Nacional, informou à Reuters uma importante fonte da equipe econômica.
Segundo a fonte, que pediu anonimato, os números ainda não foram fechados, mas a indicação é de que metade do abatimento viria com frustração de receitas e a outra metade com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Com isso, o governo já indica que no próximo ano pode haver novamente déficit primário, que poderia chegar a 60 bilhões de reais com os abatimentos, repetindo a fórmula dos últimos anos.
A fonte informou ainda que a meta de superávit primário de 2017 do governo central (governo federal, Previdência e Banco Central) será zero.
Para 2016, o governo já enviou ao Congresso proposta para o setor público consolidado (governo central, Estados, Municípios e estatais) fechar o ano com déficit de quase 100 bilhões de reais, diretamente afetado por abatimentos por frustrações com receitas, em meio à profunda retração da atividade. [nL2N16V2CT]
O governo encaminha na sexta-feira a LDO de 2017 ao Congresso Nacional, em meio ao cenário político bastante delicado devido ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em 2015, o rombo primário foi de 111,2 bilhões de reais (-1,88 por cento do PIB), agravado pelo pagamento das chamadas "pedaladas fiscais". Já em 2014 o déficit foi de 32,5 bilhões de reais (-0,57 por cento do PIB).
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