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Economia

Guedes ameaça: se Cristina Kirchner entrar e fechar a economia argentina, saímos do Mercosul

Ministro da Economia defendeu que o Brasil nunca precisou da Argentina para crescer, frisando que o foco do governo é a recuperação da dinâmica de expansão da atividade econômica; “Se o mundo desacelerar, não creio que vamos ter tanto impacto aqui porque o Brasil virou uma ilha isolada”, declarou

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Por Stefani Inouye

SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira que se o futuro novo governo da Argentina fechar sua economia, o Brasil deixará o Mercosul, união aduaneira que também abarca Paraguai e Uruguai.

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“Se a Cristina Kirchner entrar e fechar a economia, a gente sai do Mercosul”, disse ele em evento promovido pelo Santander em São Paulo.

Nesta semana, o mercado argentino sofreu forte abalo na esteira da esmagadora vitória do candidato de oposição Alberto Fernández nas eleições primárias, afetando severamente as chances de reeleição do presidente Mauricio Macri.

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Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como sua companheira de chapa, abriu forte vantagem nas primárias em relação a Macri, que é defensor do livre mercado.

Em sua fala, Guedes defendeu que o Brasil nunca precisou da Argentina para crescer, frisando que o foco do governo é a recuperação da dinâmica de expansão da atividade econômica.

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“O comércio exterior é uma cauda balançando, mas nossa preocupação principal é interna. O Brasil é uma economia continental e precisamos recuperar nossa dinâmica própria de crescimento. Nós não somos tão dependentes lá de fora”, disse.

“Se o mundo desacelerar, não creio que vamos ter tanto impacto aqui porque o Brasil virou uma ilha isolada”, completou.

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Em meio a uma alinhamento entre Brasil e Argentina, o Mercosul fechou no fim de junho acordo de livre comércio com a União Europeia após negociações iniciadas há 20 anos.

Recentemente, o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse que há hoje “conexão e coincidência de propósitos” entre o presidente Jair Bolsonaro, Macri e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Já sobre as tensões comerciais entre Estados Unidos e China, Guedes avaliou que esta é uma briga que traz desconforto no mundo todo, mas ponderou que Trump foi eleito para isso.

“O que temos que fazer é nossa parte, consertar aqui dentro e esperar o pau comer lá fora. Se eles caírem lá fora, nós vamos continuar vendendo pra eles e continuar comendo pelas beiradas. Pode afetar alguns preços relativos, mas não temo que seja um impacto muito grande por aqui”, disse.

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PRIVATIZAÇÕES

Em seu discurso, Guedes também afirmou que o governo vai acelerar as privatizações e destacou que o apoio do presidente Jair Bolsonaro ao programa está aumentando.

“Meu trabalho é tentar vender todas as estatais”, afirmou.

O ministro ainda apontou que agora é preciso avançar com a reforma tributária, ressaltando que a proposta do governo é unificar o sistema. “Quem quiser fazer vem junto, e quem não quiser fica fora, igual foi feito na Índia e no Canadá”, disse.

Sobre a reforma da Previdência, que agora tramita no Senado após aval da Câmara dos Deputados, Guedes afirmou que o governo tem indicações de que a proposta irá avançar sem grandes mudanças substanciais.

“Ainda não é o ideal, que seria o regime de capitalização, mas já é alguma coisa”, disse.

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