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Economia

Guido Mantega vê 2013 como o ano da virada

Segundo o ministro da Fazenda, 2013 talvez tenha sido o último ano da crise que começou em 2008; "Há fortes indícios de que há um recuperação generalizada na economia internacional. Começando pelos Estados Unidos", disse Guido Mantega nesta quarta-feira; segundo ele, os principais desafios foram vencidos nesse ano, que apesar de não ter tido um bom resultado no final, já há sinais de recuperação; PIB mundial em 2015 será próximo de 4%, disse; "Isso será bom para o Brasil"

Segundo o ministro da Fazenda, 2013 talvez tenha sido o último ano da crise que começou em 2008; "Há fortes indícios de que há um recuperação generalizada na economia internacional. Começando pelos Estados Unidos", disse Guido Mantega nesta quarta-feira; segundo ele, os principais desafios foram vencidos nesse ano, que apesar de não ter tido um bom resultado no final, já há sinais de recuperação; PIB mundial em 2015 será próximo de 4%, disse; "Isso será bom para o Brasil" (Foto: Gisele Federicce)
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Daniel Lima e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que 2013 é o ano da virada e no ano que vem o crescimento da economia brasileira será maior ainda. O governo estima um crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) a soma de todas as riquezas produzidas no país em um ano.

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"Acho 2013, foi o fundo do poço no mercado internacional. Talvez, o último ano da crise que começou em 2008. Há fortes indícios de que há um recuperação generalizada na economia internacional. Começando pelos Estados Unidos", disse Mantega.

Ele também destacou que na Europa as coisas começaram também a melhorar. Todos estes fatores, avalia, injetaram dinamismo na economia mundial, incluindo as economias asiáticas que se beneficiarão ainda desses reflexos.

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Para ele, os principais desafios foram vencidos em 2013. "Começamos o ano preocupados em recuperar o crescimento, que foi fraco em 2012, e também de reduzir a pressão inflacionária, que começou forte em janeiro e fevereiro. Além, disso queríamos ampliar as concessões e os investimentos", disse.

Mantega destacou que a economia internacional, com sua instabilidade e baixo crescimento, não ajudou o Brasil tanto no ano de 2013, quanto nos anos anteriores. Segundo ele, o crescimento do PIB mundial, em 2013, será um dos piores, ficando abaixo de 3%. "Se pegarmos a economia mundial, em 2007, a economia mundial cresceu mais de 5%, só para compararmos a descida que a economia mundial deu nesse período", analisou.

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Na avaliação do ministro, 2013 é o ponto da "inflexão", embora o resultado do final do ano não seja tão bom. Mas, na visão do ministro, já há sinais de recuperação. Logo, informou, se chegará a um PIB mundial próximo de 4%, em 2015.

"Isso será bom para o Brasil porque temos mais mercado consumidor para exportar e os países vizinhos logo poderão ter uma trajetória melhor, com melhoria da nossa balança e na produção das empresas", por exemplo.

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Investimento em novembro mostra confiança, diz Mantega

Guido Mantega disse que a confiança dos investidores na economia brasileira vem aumentando. Só em novembro, informou, os investimentos externos diretos chegaram a US$ 8,33 bilhões. O resultado elevou o resultado acumulado do ano para US$ 60,8 bilhões.

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Embora admita que este ano o país enfrentou problemas de confiança, o resultado, conforme disse, mostra a credibilidade que os investidores têm no país.

"Acho que este ano tivemos problemas com a questão da confiança porque alguns setores ficaram de mau humor com o Brasil. Mas houve exageros. Na prática o que aconteceu foi o resultado de 8,33 bilhões de investimentos no Brasil. Isso mostra confiança e ninguém viria para investir aqui à toa", disse.

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Na avaliação do ministro, esse resultado poderá subir para algo próximo a US$ 63 bilhões ou US$ 64 bilhões até o final do ano, valor considerado por ele expressivo ante a atual situação da economia mundial ainda em crise.

"O resultado é expressivo em um ano em que o Federal Reserve (Fed) – Banco Central dos Estados Unidos – causou uma certa turbulência na economia mundial [provocando] saída de capitais de vários países para o mercado americano.

O fato a que se referiu o ministro foi a discussão no âmbito do Fed sobre a necessidade ou não de se manter os estímulos à economia americana. "Mesmo assim, o Brasil continuou recebendo capitais. Aqui não está nem a conta financeira", avaliou.

Mantega lembrou ainda que o Brasil é considerado um dos países mais atrativos quando se trata de investimentos diretos, sendo em 2012 o terceiro no ranking. "Só ficamos atrás dos Estados Unidos e da China (incluindo Hong Kong). Este ano deveremos ter uma posição semelhante", disse.

A má vontade e mau humor do mercado, segundo Mantega, se deveu muito mais à redução das taxas de juros no Brasil e à desvalorização do real, em 2012, com queda na rentabilidade dos recursos dos estrangeiros que vieram apenas para especular no mercado financeiro brasileiro e compensar perdas em outros países.

"Quem faz esse tipo de operação perdeu dinheiro. Colocamos o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% sobre a renda fixa, que é muita coisa. Quem estava fazendo arbitragem perdeu dinheiro. Por isso não deve ter gostado. Mas as medidas eram necessárias para fortalecer a economia brasileira", destacou.

Para Mantega, não dava para o país manter juros e spreads (diferença entre a captação do recurso pelo banco e o que ele cobra do cliente) tão elevados. Segundo ele, os spreads, agora, mesmo com o atual juros básicos (10%), estão menores.

Outra mudança, lembrou, foi no setor elétrico que, embora anunciada com antecedência e discutida, causou perdas aos investidores. Estes ficaram também de "mau humor" em relação ao governo brasileiro. "Mas foi apenas um segmento. O Brasil continua atrativo seja para aplicações financeiras, seja para investimentos diretos. Significa que há confiança dos investidores", garantiu.

Sobre a inflação, que sempre provoca repercussões no mercado doméstico e também internacional, o ministro assegura que terminará abaixo do registrado no ano anterior, quando ficou em 5,84% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "Agora, está em 5,77%. [Essa redução aconteceu, apesar da] pressão maior no preço dos alimentos este ano, mais do que nos anteriores. Portanto [o resultado está] dentro dos padrões brasileiros dos últimos anos".

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