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Economia

Ibovespa fecha em alta de 3% e dólar cai a R$ 5,14

Ibovespa fechou em alta graças ao ânimo dos investidores após a divulgação da ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, que reduziu os juros dos EUA a um patamar próximo de zero

Bolsa de Valores de São Paulo (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
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Infomoney - O Ibovespa fechou em forte alta nesta quarta-feira (8) com os investidores animados após a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que reduziu os juros dos Estados Unidos a um patamar próximo de zero. Na ata, os integrantes do Federal Reserve sinalizaram que a taxa básica dos EUA se manterá nesse nível até que a economia americana reaja ao coronavírus.

Mais cedo, o índice já tinha acelerado ganhos em meio à notícia de que o pré-candidato democrata Bernie Sanders desistiu de concorrer à presidência dos EUA. Com isso, Joe Biden, com posições mais moderadas, deve ser alçado oficialmente como o adversário democrata de Donald Trump nas eleições americanas.

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O Ibovespa registrou ganhos de 2,97%, a 78.624 pontos com volume financeiro negociado de R$ 21,98 bilhões, acompanhando as bolsas de Nova York, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subindo entre 2,5% e 3,44%. Foi a terceira alta seguida do benchmark da Bolsa brasileira.

No fim da manhã, o principal índice acionário da B3 começou sua trajetória de valorização com o plano de reabertura dos Estados Unidos baseado em testar a população, algo próximo do proposto pelo presidente do Federal Reserve de Saint Louis, James Bullard, no fim de semana.

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Além disso, houve uma redução drástica no número máximo de mortos estimados, de 240 mil para 84 mil, apesar do país ter registrado quase duas mil mortes só ontem. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, disse que deve haver uma reviravolta ainda esta semana na tendência de aumento exponencial nos casos e mortes por coronavírus.

Enquanto isso, após ter seu primeiro dia sem mortes desde janeiro, a China voltou a registrar dois óbitos relacionados à Covid-19, mas mesmo assim encerrou as restrições à cidade de Wuhan, onde o vírus começou sua propagação.

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O dólar comercial recuou 1,63%, a R$ 5,1418 na compra e R$ 5,1432 na venda e o dólar futuro para maio tem queda de 1,79% a R$ 5,137. O câmbio mudou de direção depois do Banco Central anunciar um leilão de 10 mil contratos de swap.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse mais cedo que a autoridade monetária tem muito arsenal e pode fazer algo maior no câmbio se necessário.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu oito pontos-base a 4,01%, o DI para janeiro de 2023 registrou perdas de 14 pontos-base a 5,25% e o DI para janeiro de 2025 recuou 19 pontos-base a 6,82%.

Já a Europa teve um dia negativo nas bolsas hoje. Houve um impasse na reunião do Eurogrupo em Bruxelas para a discussão de um pacote de socorro à economia por causa da recessão provocada pelo coronavírus. Segundo a CNBC, os ministros de finanças da Holanda e da Alemanha são contrários a gigantes emissões de bônus da dívida pelo Banco Central Europeu (BCE) para que a economia volte a crescer após a pandemia.

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Nos Estados Unidos, o coronavírus avança e o estado de Nova York teve 731 mortes em apenas um dia. O país ultrapassa a marca das 400 mil pessoas infectadas pela Covid-19. O presidente Donald Trump fez pesados ataques à Organização Mundial da Saúde (OMS) na noite de ontem. Trump ameaçou cortar pela metade a contribuição americana à OMS, porém ele só pode fazer isso com aprovação do Congresso.

Por aqui, a manhã foi marcada por uma reunião entre o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, em meio a rumores de que o ministro possa ser demitido a qualquer momento. Cotado para substituir Mandetta, o ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra, reuniu-se com Bolsonaro logo depois.

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Fomc

A ata refletiu a preocupação dos integrantes do Fomc com o impacto que o coronavírus está causando na economia. “Todos os participantes veem a perspectiva econômica de curto prazo dos EUA como tendo se deteriorado acentuadamente nas últimas semanas e se tornado profundamente incerta”, apontou o texto.

Todos, exceto um membro, votaram a favor da redução das taxas para o patamar atual. Apenas a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, divergiu.

A decisão também inclui um aceno às “orientações futuras” que o Fed usa para indicar o caminho da política monetária. “Com relação à política monetária além desta reunião, os integrantes do comitê jugam que seria apropriado manter a faixa de juros até que os formuladores de políticas estejam mais confiantes de que a economia resistirá a eventos recentes e estará a caminho de alcançar as metas de emprego e inflação ”, afirmou a ata.

Datafolha

Os dois governadores que mais antagonizaram o presidente Jair Bolsonaro nos métodos para combater a pandemia da Covid-19, João Doria (PSDB) de São Paulo, e Wilson Witzel (PSC) do Rio de Janeiro, têm melhores avaliações que o mandatário nos seus estados, mostra uma pesquisa do Datafolha.

Doria tem a aprovação de 51% dos paulistas no combate à pandemia, enquanto Witzel tem a aprovação de 55% dos fluminenses. Já a aprovação de Bolsonaro é de 28% em São Paulo e de 34% no Rio de Janeiro. A pesquisa foi feita entre 1 e 3 de abril.

O Datafolha também mostra que o pessimismo dos brasileiros diante da crise causada pelo coronavírus. Segundo o instituto, 69% dos brasileiros preveem que seus rendimentos diminuirão nos próximos meses, e somente 30% acham que isso não acontecerá. Levantamento feito na última semana de março mostrou que 57% dos brasileiros temiam a perda de renda e 43% achavam que não corriam esse risco.

Coronavírus avança no Brasil

O Brasil registrou ontem, pela primeira vez desde o início da pandemia do coronavírus no país, mais de 100 mortes pela Covid-19 em um dia. Foram 114 óbitos, o que elevou o total de vítimas para 667. A quantidade de casos confirmados subiu de 12.056 para 13.717 pessoas. Existem casos em todos os 26 Estados e no Distrito Federal; apenas Tocantins não registrou mortes pela doença.

Enquanto o número de casos sobe, várias cidades veem aumentar o movimento nas ruas no período da quarentena. A Prefeitura de São Paulo registrou ontem 810 mil passageiros a mais nos ônibus, em comparação a 27 de março. No Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel liberou a abertura do comércio em 28 municípios.

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