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Economia

Ibovespa fecha em queda de 2,8% após pânico com Brexit

Benchmark da bolsa brasileira caiu 2,82% nesta sexta-feira, 24, a 50.105 pontos; volume financeiro negociado na Bovespa foi de R$ 6,802 bilhões; índice chegou a cair 4% pressionado pela surpresa do mercado com a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia; já o dólar comercial teve alta de 1,05% a R$ 3,3785 a R$ 3,3797 na venda, enquanto o dólar futuro dispara 0,99% a R$ 3,378

Movimentacao na Bovespa.Dola fecha o dia em queda nesta quinta-feira na casa dos R$1.81.Sao Paulo/SP, Brasil. 06/10/2011. Foto: Anderson Barbosa / Fotoarena (Foto: Aquiles Lins)
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Ricardo Bomfim, do Infomoney - O Ibovespa fechou em queda forte, mas se afastou bastante da mínima intradiária nesta sexta-feira (24). A baixa de hoje foi a maior do índice desde 10 de junho, quando caiu 3,32%, mas isso não foi o suficiente para zerar os ganhos na semana, que terminou com uma alta de 1% em relação aos 5 dias anteriores.

Mais cedo, o índice chegou a cair 4% pressionado pela surpresa do mercado com a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia. Contudo, a sinalização do Federal Reserve dos Estados Unidos de que suas linhas de swap com outros bancos centrais estão disponíveis para prover liquidez a instituições financeiras estrangeiras ajudaram os mercados a se recuperarem.

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O benchmark da bolsa brasileira caiu 2,82%, a 50.105 pontos. O volume financeiro negociado na Bovespa foi de R$ 6,802 bilhões. Já o dólar comercial teve alta de 1,05% a R$ 3,3785 a R$ 3,3797 na venda, enquanto o dólar futuro dispara 0,99% a R$ 3,378. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 caiu 6 pontos-base a 13,68%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 teve alta de 6 pontos-base a 12,46%.

De acordo com o diretor da mesa de trade da corretora Mirae Asset, Pablo Stipanicic Spyer, a probabilidade de aumento de juros nos EUA agora é praticamente zero com toda a volatilidade causada pelo "Brexit". "O contraponto do Brexit é o juro baixo nos EUA por mais um ano. Os EUA são os grandes vencedores deste referendo, porque começa um 'flight to quality' muito grande que vai em direção aos ativos norte-americanos por segurança", afirma.

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Além disso, ele acredita que outro componente para a recuperação dos mercados é a visão de que o europeu vai ter que diversificar os seus investimentos para fora da região. Na sua avaliação, embora a maior parte do dinheiro vá, com certeza, migrar para a economia dos EUA, uma boa parte deve ser colocada em países emergentes exportadores de commodities. Principalmente o Brasil que tem o diferencial de uma taxa de juros alta, fornecendo um ótimo spread em relação às taxas que são praticadas em economias desenvolvidas europeias. "Os emergentes produtores de commodities não estão sofrendo tanto. Essa resiliência é que o investimento vai vir para o Brasil eventualmente, mas serão meses sobre este assunto", explica.

Caged

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O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostrou o fechamento de 72.615 vagas em maio. A expectativa mediana dos economistas era de uma destruição de 90.000 vagas.

Referendo do "Brexit"

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O "Brexit" venceu por 51,9% a 48,1%. Foram 17.410.742 votos a favor da saída e 16.141.242 votos pela permanência. Ontem, o Ibovespa havia subido 2,8%, seu melhor desempenho diário desde 10 de maio após uma série de pesquisas mostrarem o "Bremain" na frente, mas hoje o dia promete um dia de forte queda. A vitória do Brexit forçou a renúncia do primeiro-ministro David Cameron e gerando o maior golpe ao projeto europeu de maior unidade desde a Segunda Guerra Mundial.

Nesta manhã, após a votação, David Cameron, primeiro-ministro britânico, disse que deixará o cargo até outubro. "O povo britânico tomou a muito clara decisão de assumir um caminho diferente e, diante disso, eu penso que o país precisa de nova liderança para levá-lo nessa direção", disse ele em pronunciamento. "Eu não acredito que seria certo para mim ser o capitão que vai levar o país para este próximo destino". "Os investidores temem os efeitos econômicos dessa decisão na economia inglesa e da zona do euro por conta do intenso fluxo de comércio e investimentos. No Reino Unido, corre-se o risco de contração dos investimentos e do emprego, o que obrigará o BOE a expandir novamente a política monetária.

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O ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, visto como um populista de direita, é o mais cotado para assumir o cargo de Cameron. O presidente do banco central da Inglaterra, Mark Carney, disse que os BCs globais asseguram que podem agir para garantir a liquidez diante deste cenário.

Na zona do euro, além da alta do risco político por conta da possibilidade de outros países saírem da União Europeia, teme-se que o atual movimento de crescimento da economia europeia não se sustente tendo em vista esse aumento das incertezas. Outro risco para os europeus é a vitória de líderes populistas e eurocéticos", destaca a LCA Consultores.

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