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Economia

Ibovespa sobe, mas não apaga perdas da semana

Preço do petróleo saltou 7%, mas não puxou a Petrobras; ações da estatal chegaram a subir 6% nesta sexta-feira, mas viraram para queda no fim do pregão, fechando com perdas de 2%; Ibovespa encerrou a semana com queda de 1,39%, aos 38.031 pontos; com isso, acumula queda de 12,27% no ano

Preço do petróleo saltou 7%, mas não puxou a Petrobras; ações da estatal chegaram a subir 6% nesta sexta-feira, mas viraram para queda no fim do pregão, fechando com perdas de 2%; Ibovespa encerrou a semana com queda de 1,39%, aos 38.031 pontos; com isso, acumula queda de 12,27% no ano (Foto: Gisele Federicce)
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Por Rodrigo Tolotti Umpieres • Ricardo Bomfim - O Ibovespa conseguiu registrar ganhos de 0,83% nesta sexta-feira (22) apesar de amenizar os ganhos, mas não evitou encerrar a semana com perdas de 1,39%, aos 38.031 pontos. Com isso, o índice acumula queda de 12,27% no ano, sem nenhuma semana de alta. Nos últimos dias, o mercado ficou bastante agitado diante das fortes quedas do petróleo, que chegou a bater em US$ 28, mas esboçou uma reação nos dois últimos dias da semana, atingindo os US$ 32,04. A pressão da China também prejudicou as bolsas mundiais no início da semana após mais dados ruins.

Enquanto isso, no cenário doméstico, a semana foi marcada pela confusa reunião do Copom(Comitê de Política Monetária), que até terça levava o mercado a apostar em uma alta de 0,5 p.p., mas após as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, virou para expectativa de manutenção da Selic, o que se concretizou na quarta-feira. Isso levou o dólar a bater seu recorde ao fechar em R$ 4,17, com o mercado vendo uma perda de credibilidade da autoridade monetária.

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Para completar a semana, trouxe ânimo para o mercado as sinalizações do BCE (Banco Central Europeu) sobre novos estímulos. Mario Draghi disse que a autoridade tem muitos instrumentos para combater deflação. "Conforme começávamos o novo ano, os riscos aumentaram novamente em meio ao aumento da incertezas sobre as perspectivas de crescimento das economias dos mercados emergentes, da volatilidade dos mercados financeiros e de commodities e dos riscos geopolíticos", afirmou.

Nesta sexta-feira, o dólar comercial teve queda de 1,32% a R$ 4,1105 na venda, enquanto o dólar futuro para fevereiro recua 0,93% a R$ 4,133. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 tem queda de 6 pontos-base a 14,84%, enquanto o DI para janeiro de 2021 registra perdas de 17 pontos-base a 16,62%.

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Petróleo

O petróleo WTI (West Texas Intermediate) registrou o 2º dia de alta e voltou aos US$ 32 com quedas recentes atraindo compradores, enquanto os metais avançaram em Londres. O WTI subiu 8,43%, a US$ 32,03 o barril e o brent avançou 9,40%, a US$ 32,59 o barril. A Reuters destaca que a queda recente, além das indicações de que o tempo frio nos EUA e na Europa devem aumentar a demanda, contribuem para a recuperação dos preços da commodity.

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Além disso, faz preço o incêndio em um terminal de petróleo na Líbia, resultado de um ataque realizado por militantes do Estado Islâmico, que foi o principal influenciador de investidores, superando os dados de estoque nos Estados de petróleo e gasolina no último pregão. Ontem, os estoques subiram em 4 milhões, contra 2,8 milhões esperados, mas foram menores do que os dados anteriores divulgados pela agência americana de petróleo, que mostrava um aumento de 4,6 milhões.

Ações

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Subiram os papéis dos bancos como Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 23,32, +0,87%), Bradesco (BBDC3, R$ 18,60, +0,81%; BBDC4, R$ 17,20, +1,12%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 12,92, +1,65%). Juntas, as quatro ações destas três empresas respondem por 21,17% do peso da carteira teórica do Ibovespa.

As ações da Petrobras (PETR3, R$ 6,52, +3,66%; PETR4, R$ 4,52, +0,44%) viraram para queda no fim do pregão apesar da forte alta do petróleo. Além disso, em resposta às perguntas feitas pela Bloomberg na noite de ontem, a estatal disse que a produção da plataforma P-31 segue interrompida temporariamente e não há riscos às pessoas, aos equipamentos e nem ao meio ambiente.

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O vazamento de água oleosa, detectado na terça-feira na casa de bombas, foi estancado, disse a Petrobras. A companhia informou o incidente às autoridades competentes e constituiu um grupo de trabalho composto por engenheiros da companhia e representante dos empregados para a avaliação do incidente. As equipes de manutenção trabalham no reparo definitivo da linha afetada e a produção será retomada após avaliação da equipe técnica.

Por outro lado, viram para queda os papéis da Vale (VALE3, R$ 9,02, -1,31%; VALE5, R$ 6,70, -2,33%), que sobem forte em meio ao otimismo global, após BCE e disparada do petróleo.

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Entre as quedas estão as ações de Fibria (FIBR3, R$ 44,46, -1,35%) e Suzano (SUZB5, R$ 14,92, -2,42%). As duas exportadoras de papel e celulose são prejudicadas pela queda do dólar, já que possuem as suas receitas denominadas na moeda norte-americana.

IPCA-15

O IPCA-15 avançou 0,92% em entre os dias 15 de dezembro e 15 de janeiro, frente à alta de 1,18% no período anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (22). Em 12 meses, o avanço da inflação foi de 10,74%. O resultado ficou em linha com o esperado pelo mercado.

A mediana dos analistas esperava avanço de 0,98% no mês passado. Para o acumulado em 12 meses, a expectativa da mediana dos analistas era de em torno de 10,66% de inflação, contra 10,71% registrados no período imediatamente anterior.

Ainda o Copom

O presidente do Banco Central, AlexandreTombini, considerou melhor perder credibilidade que tomar decisão que sabia estar errada, disse fonte à colunista Claudia Safatle. Na quarta, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa Selic inalterada em 14,25% ao ano.

Barbosa nega retorno a política do primeiro mandato

Segundo o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o debate sobre a política econômica adotada pelo governo brasileiro não deve ser avaliado pelo dualismo entre "heterodoxia" e "ortodoxia", segundo ele as ações propostas pelo governo - como o incentivo à oferta de crédito para alguns setores da economia - devem ser avaliadas pela eficiência para ajudar na retomada do crescimento

Barbosa também nega que o apoio ao crédito seja uma volta às políticas do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. "Agora, estamos voltando a práticas normais e não vejo nada de heterodoxo nisso", disse, ao frisar que esses financiamentos não terão custo fiscal.

O ministro ainda acredita que a economia brasileira poderá voltar a crescer no quarto trimestre de 2016, mas o ano deve terminar em recessão.

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