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Economia

Ilan diz que BC só deve mirar inflação, e não crescimento

Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, defendeu nesta segunda-feira, 5, que o Banco Central se preocupe apenas com a inflação; "O duplo mandato é o BC ter uma meta para inflação e uma meta para crescimento. Aqui tem um equívoco, porque meta de crescimento, meta de desemprego, é uma meta do governo todo", afirmou ele; "Não dá para o BC ter duas metas simultâneas, que podem confundir", afirmou, acrescentando que poderia haver judicialização em caso de duplo mandato"

Brasília - O novo presidente do BC, Ilan Goldfajn participa da Cerimônia de transferência do cargo de presidente do Banco Central (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Aquiles Lins)
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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira que a inflação surpreendeu recentemente, vindo abaixo do esperado, mas que a avaliação sobre se cabe ainda mais corte na Selic seria feita apenas na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), neste mês.

"O que posso dizer é que as últimas taxas de inflação de fato vieram mais baixas do que esperávamos, então a inflação continua baixa, e isso de fato veio surpreendendo todo mundo, inclusive o próprio Banco Central", afirmou em entrevista à rádio CBN.

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No início de fevereiro, o BC reduziu a taxa básica de juro em 0,25 ponto, para a mínima recorde de 6,75 por cento ao ano, e sinalizou o fim do ciclo devido à recuperação mais consistente da atividade econômica no país.

A ata do encontro, no entanto, informou que os membros do Copom divergiram sobre qual comunicação deveria ser adotada para a próxima reunião. Enquanto alguns manifestaram preferência por manter"elevado grau de liberdade", outros defenderam sinalizar de modo mais claro possível o fim do ciclo de afrouxamento na Selic, com liberdade de ação mantida, mas em menor grau.

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A conclusão de todos, no fim, foi por indicar o encerramento do ciclo"caso a conjuntura evolua conforme o cenário básico", mas mantendo espaço para queda"moderada" adicional nos juros caso haja alteração nesse quadro.

Assim, no mercado de juros futuros, as apostas de novo corte na Selic em março eram majoritárias sobre as voltadas para manutenção. Por outro lado, no levantamento Focus do BC, que ouve uma centena de economistas todas as semanas, a mediana das projeções aponta para manutenção da Selic agora.

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Ilan, na entrevista mais cedo, foi claro a se posicionar contra o duplo mandato ao BC, defendendo que, ao controlar a inflação, o crescimento é ajudado também.

"O duplo mandato é o BC ter uma meta para inflação e uma meta para crescimento. Aqui tem um equívoco, porque meta de crescimento, meta de desemprego, é uma meta do governo todo", afirmou ele."Não dá para o BC ter duas metas simultâneas, que podem confundir", afirmou, acrescentando que poderia haver judicialização em caso de duplo mandato.

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Ilan disse ainda que não houve sondagem se poderia assumir o Ministério da Fazenda caso o titular da pasta, Henrique Meirelles, deixe o posto para se candidatar à Presidência. Segundo o presidente do BC, também não havia, no momento, projeto para taxar moedas virtuais.

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