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Economia

Inflação de maio cai para 0,46% com alimentos

Índice oficial desacelerou beneficiado pelos preços de alimentos e transportes, dando força às expectativas de que o Banco Central não deve voltar a elevar os juros tão cedo num cenário também de atividade fraca; em abril, o IPCA havia registrado alta mensal de 0,67%; indicador chegou em 12 meses a 6,37%, informou o IBGE

Índice oficial desacelerou beneficiado pelos preços de alimentos e transportes, dando força às expectativas de que o Banco Central não deve voltar a elevar os juros tão cedo num cenário também de atividade fraca; em abril, o IPCA havia registrado alta mensal de 0,67%; indicador chegou em 12 meses a 6,37%, informou o IBGE (Foto: Gisele Federicce)
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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A inflação oficial brasileira desacelerou a 0,46 por cento em maio beneficiada pelos preços de alimentos e transportes, dando força às expectativas de que o Banco Central não deve voltar a elevar os juros tão cedo num cenário também de atividade fraca.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou em 12 meses a 6,37 por cento, acima dos 6,28 por cento em abril e a maior variação desde junho de 2013 (6,70 por cento), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. O número aproximou-se ainda mais do teto da meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Em abril, o indicador havia registrado alta mensal de 0,67 por cento. Pesquisa da Reuters apontava expectativa de alta de 0,43 por cento na comparação mensal e de 6,34 por cento na base anual, na mediana das projeções. Segundo o IBGE, os grupos que mais contribuíram para a desaceleração do IPCA em maio foram Alimentação e Bebidas e Transportes.

No primeiro caso, os preços registraram alta de 0,58 por cento no mês passado, desacelerando ante 1,19 por cento em abril. Ainda assim, o grupo teve o maior impacto no índice, de 0,15 ponto percentual.

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Após a forte alta vista no começo do ano devido à seca em várias regiões do país, a pressão sobre os alimentos já vinha enfraquecendo, como esperado por agentes econômicos e pelo próprio BC.

O IBGE informou ainda que o grupo Transportes teve deflação de 0,45 por cento em maio, após alta de 0,32 por cento no mês anterior. O resultado foi influenciado principalmente pela queda de 21,11 por cento nas tarifas aéreas, sendo o principal impacto negativo no IPCA do mês, de -0,11 ponto percentual.

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Na semana passada, o BC interrompeu o ciclo de aperto monetário iniciado em abril de 2013 ao manter a Selic em 11 por cento ao ano. Ao explicar a decisão, por meio da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na véspera, passou a ver menos crescimento econômico neste ano, além de ter reduzido as expectativas de inflação em 2014 e 2015, sinalizando que deve manter a taxa básica de juros no patamar atual por mais tempo do que muitos agentes econômicos viam até então. A economia brasileira iniciou o ano desacelerando, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre. A expectativa de economistas ouvidos na pesquisa Focus do BC é de que o país cresça apenas 1,5 por cento neste ano, abaixo dos 2,5 por cento do ano passado, num momento em que a presidente Dilma Rousseff tenta a reeleição. Dirigentes do BC vêm argumentado que os efeitos da política monetária ocorrem com "defasagens" e que a recente inflação nos preços dos alimentos era temporária. Mas, por outro lado, o BC demonstra forte preocupação com a inflação de preços administrados e calcula que ela ficará em 5 por cento neste ano.

Em maio, segundo o IBGE, esses preços monitorados subiram 0,59 por cento, desacelerando sobre 0,77 por cento em abril, porém energia elétrica representou o maior impacto no IPCA do mês, de 0,10 ponto percentual, ao subir 3,71 por cento no mês passado.

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A pesquisa Focus do BC aponta que a expectativa de economistas é de que o IPCA encerrará este ano a 6,47 por cento.

(Reportagem adicional de Felipe Pontes, no Rio de Janeiro)

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