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Economia

Intervencionismo, insegurança e produtividade

O que o governo Dilma vê como solução para fazer a economia crescer acabou se tornando parte do problema

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Em busca do investimento e do crescimento perdidos, o governo vem atuando em várias frentes para tentar reaquecer a economia brasileira. Porém, mesmo com o forte intervencionismo dos últimos dois anos o desempenho do PIB se mostra débil.

O que o governo Dilma vê como solução para fazer a economia crescer acabou se tornando parte do problema. O excessivo intervencionismo se tornou um entrave ao gerar incertezas para o setor produtivo. As mexidas pontuais se acentuaram nos últimos dois anos e isso faz com que o empresário se posicione defensivamente na hora de tomar decisões. Esse ativismo exacerbado eleva o risco para as empresas na hora de investir. Quem vai colocar milhões de reais em projetos frente a um cenário que pode mudar de uma hora para outra?

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Ficar mexendo aqui e acolá nas regras da economia gera insegurança. Medidas pontuais podem equacionar um problema momentaneamente, mas criam outros mais à frente que precisam ser corrigidos com novas rodadas de medidas.

Para voltar a crescer de modo sustentado o País precisa de ações estruturais que permitam elevar a produtividade da economia. É preciso atacar entraves que há anos são empurrados com a barriga. A baixa qualificação da mão de obra, o nível inadequado de investimentos em pesquisas, a absurda burocracia fiscal imposta às empresas, a deficiente infraestrutura e o custo trabalhista são obstáculos antigos que apenas são contornados com medidas paliativas que servem para promover interesses políticos, mas que não equacionam os problemas.

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Em termos de qualificação da mão de obra vale citar que as pessoas com ensino universitário com idade entre 25 e 34 anos na Coréia do Sul chegam a 60%, no Chile são 30%, no México 20% e no Brasil apenas 10%.

Quanto aos investimentos em pesquisa em relação ao PIB, são 3,5% no Japão 3,2% na Coréia do Sul, 1,5% na China e 1% no Brasil.

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No âmbito da burocracia tributária as disparidades são absurdas. No Brasil as empresas gastam em média 2600 horas por ano para cumprir com as obrigações fiscais. O tempo médio na América Latina é de 382 horas.

A péssima infraestrutura brasileira faz com que a exportação de um contêiner custe US$ 2.250. Na Malásia o custo é de US$ 450, na China US$ 500 e no México US$ 1.450.

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Quanto ao custo trabalhista, o País sofre com mais uma aberração. A mão de obra na indústria automobilística brasileira, por exemplo, custa por hora 5,3 euros. No México o desembolso é de 2,6 euros, na China 1,3 euro e na Índia 1,2 euro.

Há dez anos o governo não faz nenhuma reforma com impacto positivo sobre o principal indutor da geração de riqueza que é a produtividade. Hoje a economia patina e a atual gestão atira para todos os lados para tentar estimular a produção. Para recuperar o tempo perdido é necessário acelerar ações que mexam na estrutura produtiva do País. Tudo indica que o governo tem muita dificuldade quanto a isso.

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