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Economia

Jornal francês diz que corrupção de Temer custa caro ao País

Acusado de corrupção, Temer teve que fazer mais concessões aos deputados para votar a seu favor. Concessões às vezes caras. O poderoso lobby agrícola já obteve uma reestruturação de dívida de grandes proprietários de terras e outros setores estão agora tentando renegociar seus impostos, aponta a reportagem de Thierry Ogier, correspondente do Les Echos

Presidente Michel Temer, durante cerimônia em São Paulo 07/08/2017 REUTERS/Paulo Whitaker (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – O diário francês Les Echos repercute a notícia de que Brasília vai revisar a sua meta de déficit orçamentário. Segundo o correspondente Thierry Ogier, as incertezas políticas comprometem o saneamento da economia.

Há uma série de "frustrações" com a receita, como reconheceu o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O governo elevou o preço dos combustíveis em 10%, mas a ideia de um aumento de impostos para as rendas mais altas provocou um clamor público, e teve que ser rapidamente abandonada.

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Acusado de corrupção, Temer teve que fazer mais concessões aos deputados para votar a seu favor. Concessões às vezes caras. O poderoso lobby agrícola já obteve uma reestruturação de dívida de grandes proprietários de terras e outros setores estão agora tentando renegociar seus impostos.

Para inverter a tendência, afirma Meirelles, "a única solução é controlar os gastos." Ou seja, o adiamento no aumento dos funcionários públicos e, especialmente, a aprovação da reforma da Previdência, que definha no Congresso há meses por causa da crise política.

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"A estratégia do governo para controlar a despesa pública a médio prazo é boa", garante Mario Mesquita, economista-chefe do banco Itaú. "Mas não vai ter sucesso sem a reforma do sistema de pensões. O problema é que o Congresso não parece convencido de que há urgência na matéria."

Por enquanto, nada disso parece afetar os investidores financeiros. "Há um ar uma complacência nos mercados. No entanto, há eleições no próximo ano e não há garantia de que o próximo presidente vá continuar as reformas", diz Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central.

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Se o tempo fechar sobre a economia global, o Brasil pode ser um dos mercados emergentes mais expostos à instabilidade, segundo alguns analistas. Estas nuvens não devem obscurecer alguns sucessos, como a de inflação sob controle e o comércio exterior em alta.

https://www.lesechos.fr/monde/ameriques/030492362141-le-bresil-ne-parvient-pas-a-controler-le-derapage-de-sa-dette-2107595.php

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