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Economia

Lava Jato atinge bancos com calote bilionário da Odebrecht

Crise decorrente da Lava Jato, que resultou no corte de empregos, paralisação de obras e na redução da atividade econômica agora chega ao sistema financeiro; a Odebrecht, maior empreiteira do Brasil e um dos alvos da investigação, apresentou uma proposta para reestruturar US$ 3 bilhões em dívidas por meio da emissão de bônus no mercado internacional e um desconto de 70% sobre o valor total devido aos credores; em março, os credores haviam proposto um outro acordo que, segundo a empresa "não era viável"; redução idealizada pela empresa, porém, não agradou o mercado e pode representar um risco à sobrevivência da Odebrecht e à economia

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247 - A crise decorrente da Lava Jato, que resultou no corte de empregos, paralisação de obras e na redução da atividade econômica agora chega ao sistema financeiro. A Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), maior empreiteira do Brasil e um dos alvos da investigação, apresentou uma proposta para reestruturar US$ 3 bilhões em dívidas por meio da emissão de bônus no mercado internacional. A empreiteira pleiteia um desconto de 70% sobre o valor total devido aos credores.

A possibilidade do calote de parte da dívida pela Odebrecht já havia sido sinalizada em abril do ano passado, quando a empreiteira anunciou que não iria pagar no prazo uma dívida de R$ 500 milhões junto a credores internacionais. Na ocasião, a empresa planejava usar parte dos 30 dias de carência a que tinha direito antes de ser considerada inadimplente para finalizar negociações para a captação de novos empréstimos junto ao sistema financeiro para pagar parte da dívida que chegava a R$ 11 bilhões. (Leia mais no Brasil 247)

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Segundo reportagem do Valor Econômico, a nova proposta apresentada aos credores pela Odebrecht prevê que um valor menor que US$ 1 bilhão seja mantido como dívida, com carência acima de cinco anos para a aplicação de juros. A diferença entre o novo valor e a dívida original seria compensada por meio de debêntures de participação nos lucros (DPLs), que permite que os credores tenham participação no fluxo resultantes de negócios futuros.

A proposta, porém, não teria agradado ao mercado financeiro, já que estes papéis, com vencimento muito alongado, são negociados entre 15% e 19% do valor da emissão. A expectativa era de que os cortes para os bônus ficassem entre 50% e 70%.

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A estimativa é que a carteira de pedidos da Odebrecht chegue a US$ 7 bilhões neste ano, alcançado US$ 13,2 bilhões em 2023, embora não existam garantias de que estas previsões sejam efetivamente concretizadas. A empreiteira deverá fechar este exercício com apenas US$ 18 milhões em caixa, já contando com o pagamento de US$ 141 em multas e acordos resultantes da Lava Jato, mas sem considerar o pagamento do serviço das dívidas.

Em março, os credores propuseram um acordo onde pediam que fossem feitos aportes de capital na Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) pela holding do grupo Odebrecht, a ODB, no valor de US$ 375 milhões; que não houvessem cortes nos valores devidos , cobertura dos compromissos com o fornecimento de ações da Braskem como garantia do pagamento da dívida e o compromisso por parte da holding em pagar US$ 2,2 bilhões em empréstimos tomados pela empreiteira.

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Na ocasião, a Odebrecht informou que a proposta apresentada "não era viável" e que estava trabalhando em sua própria sugestão para quitar a dívida.

 

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