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Economia

Lava Jato é pretexto para fim do conteúdo nacional

Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que tem entre seus associados multinacionais como Shell, Chevron e Repsol, além de empresas nacionais do setor de óleo e gás, já defende a revisão da política de conteúdo nacional nas compras da Petrobras; "Precisamos simplificar mais o conteúdo local, buscar um maior foco. Nenhum país do mundo consegue produzir tudo. Temos que focar na área da indústria onde tivermos maior vantagem comparativa", disse Jorge Camargo, que assumiu o IBP depois de comandar a norueguesa Statoil; política de conteúdo nacional foi criada após a descoberta das reservas do pré-sal, que deu ao Brasil vantagens comparativas; no entanto, com os estaleiros e empreiteiras em frangalhos, ela pode ser abandonada, abrindo espaço para importações no setor de óleo e gás

Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que tem entre seus associados multinacionais como Shell, Chevron e Repsol, além de empresas nacionais do setor de óleo e gás, já defende a revisão da política de conteúdo nacional nas compras da Petrobras; "Precisamos simplificar mais o conteúdo local, buscar um maior foco. Nenhum país do mundo consegue produzir tudo. Temos que focar na área da indústria onde tivermos maior vantagem comparativa", disse Jorge Camargo, que assumiu o IBP depois de comandar a norueguesa Statoil; política de conteúdo nacional foi criada após a descoberta das reservas do pré-sal, que deu ao Brasil vantagens comparativas; no entanto, com os estaleiros e empreiteiras em frangalhos, ela pode ser abandonada, abrindo espaço para importações no setor de óleo e gás (Foto: Leonardo Attuch)
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247 - A Operação Lava Jato já vem sendo usada como pretexto para o fim da política de conteúdo nacional nas compras da Petrobras. Esta posição foi defendida pelo novo presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Jorge Camargo. "Precisamos simplificar mais o conteúdo local, buscar um maior foco. Nenhum país do mundo consegue produzir tudo. Temos que focar na área da indústria onde tivermos maior vantagem comparativa", disse ele, que assumiu o IBP depois de comandar a norueguesa Statoil.

Entidade composta por empresas multinacionais, como Shell, Repsol e Chevron, e também por firmas brasileiras do setor de óleo e gás, o IBP vocalizou uma antiga demanda de setores mais liberais: o fim do conteúdo nacional, exigido pelo Petrobras desde o governo Lula, e a abertura para mais importações.

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O momento parece oportuno por uma razão simples. Estaleiros brasileiros, como o Rio Grande e o Enseada, que têm empreiteiras como acionistas, estão quebrando. Além disso, a Sete Brasil, que é um dos pilares da política de conteúdo nacional, também se tornou alvo da Lava Jato e há até ações do Ministério Público para que a empresa seja impedida de receber financiamentos do BNDES.

No entanto, o argumento de que o Brasil deve se focar nos setores em que tem "vantagem comparativa" é falacioso. Embora não seja hoje um dos maiores produtores de sondas e plataformas, perdendo para países como Japão, Coréia, Holanda e Noruega, o Brasil passou a ter escala – e "vantagens comparativas" – desde que a descoberta do pré-sal fez da Petrobras uma das empresas com maiores reservas de óleo e gás no mundo.

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Foi justamente esse potencial de encomendas da empresa que permitiu o renascimento da indústria naval brasileira nos últimos doze anos. Agora, no entanto, um dos efeitos colaterais da Lava Jato pode ser também o fim de uma política industrial que gerou mais de 200 mil empregos no País, atraiu estaleiros internacionais, como Jurong, Hyundai e Kawasaki, e poderia transformar o Brasil com uma indústria de maior conteúdo tecnológico.

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