Lava Jato nega ser responsável por destruir empresas e empregos
procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos mais ativos membros da Lava Jato nas redes sociais, negou que a operação tenha destruído empresas e milhões de empregos, contribuindo para o aumento do desemprego no País; "A questão não é quebrar uma empresa. Quem quebrou não fomos nós. Primeiro porque eu nem sei se ela está quebrada. Quem quebrou foi o comportamento delas. Nós não podemos transformar as empresas em coitadinhas", disse Lima
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247 - O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos mais ativos membros da Lava Jato nas redes sociais, negou que a operação tenha destruído empresas e milhões de empregos, contribuindo para o aumento do desemprego no País.
"A questão não é quebrar uma empresa. Quem quebrou não fomos nós. Primeiro porque eu nem sei se ela está quebrada. Quem quebrou foi o comportamento delas. Nós não podemos transformar as empresas em coitadinhas. O que nós poderíamos discutir é porque elas não são vendidas para manter a empresa, fazer um acordo. Discutiu-se isso, até hoje discute-se isso. Vende-se a empresa, pega-se o valor do acionista responsável, reserva para compor o dano e a empresa continua. Poderia se discutir isso", avaliou Lima em entrevista à Folha de S. Paulo.
Segundo o procurador, o problema seria que os donos das empresas prejudicadas pela Lava Jato não querem salvar as empresas, mas a si próprios. "A questão de empregos é por que se permitiu que o sistema funcionasse dessa forma? Nós temos que ter uma atividade preventiva. É importante nós fazermos um saneamento. Nós temos que ter claro que corrupção não é método de negócio. Daqui pra frente não é método de negócio. As empresas podem ser vendidas e podem continuar a sua vida. Não há impedimento. O problema é que eles [os donos] querem se salvar. Eles não querem salvar a empresa. Eles querem salvar a sua propriedade sobre a empresa. Por que eles não vendem?", questiona.
Carlos Lima recorreu a um trecho bíblico para comentar a lie contra a corrupção, sancionada em 2013 pela presidente deposta Dilma Rousseff. "Muitas vezes nós dizemos que o objetivo de uma lei penal não é acabar com o crime. Porque não se acaba com o crime. Se fosse assim, Deus já tinha acabado com o homicídio quando puniu Caim, né? Não é assim que funciona. A punição faz com que as pessoas pensem duas vezes. Aumenta o preço. Então os sistemas hoje de lavagem são muito mais caros para as empresas, têm um custo maior do que era antigamente. Então a gente vai dificultando o máximo que é possível. Acabar, não. O que nós não podíamos admitir é que continuasse um esquema de corrupção como existia nas empreiteiras com a ideia de salvação", afirmou.
Leia a entrevista na íntegra.
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