"Lula encontrará um quadro melhor do que em 2003", diz Paulo Nogueira Batista Júnior
Economista avalia que situação das contas externas e novo quadro geopolítico, com a aliança entre Vladimir Putin e Xi Jinping, favorecem o Brasil
247 – O economista Paulo Nogueira Batista Júnior, que foi representante do Brasil no FMI e vice-presidente do banco dos BRICs, avalia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso eleito para um terceiro mandato, encontrará um quadro mais favorável em 2023 do que em 2003, quando assumiu seu primeiro mandato. "O Brasil possui hoje uma posição muito sólida nas suas contas externas e nem o golpe conseguiu destruir o edifício das reservas externas, que foi construído nos governos Lula e Dilma", afirma.
Ele também aponta um cenário geopolítico mais favorável, depois do fortalecimento da aliança entre Rússia e China. "O quadro geopolítico hoje é melhor para o Lula do que foi em 2003", afirma. Paulo Nogueira também afirma que uma eventual vitória de Lula, que, ao contrário de Jair Bolsonaro, tem prestígio internacional, representará a confluência de um grande país, o Brasil, com uma grande liderança. "O Brasil poderá injetar ânimo no G20 a partir de 2024 e também nos BRICS", diz ele, lembrando que, em 2024, o Brasil assumirá a presidência rotativa do G-20.
Ele avalia que o grande desafio do Brasil nos dias de hoje é a reindustrialização da economia. "Como uma sociedade tão urbanizada pode depender tão completamente do setor primário exportador?", questiona. Ele afirma ainda que a mudança na Federação das Indústrias de São Paulo, com a posse de Josué Gomes da Silva, foi positiva para a construção de uma aliança desenvolvimentista no Brasil.
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