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Economia

'Manter juros por tempo prolongado ajuda na inflação'

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou nesta sexta-feira que a manutenção do atual patamar da taxa básica de juros, hoje a 14,25% ao ano, por período "suficientemente prolongado" é necessária para garantir a convergência da inflação para a meta; durante evento em São Paulo, ele repetiu ainda que o BC precisa permanecer "vigilante" e que a inflação acumulada em 12 meses atingirá seu pico neste trimestre e permanecerá elevada até o fim do ano, "para depois iniciar trajetória de queda"

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,durante audiência pública para discutir as diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária nacional (Marcelo Camargo/Agência Brasil) - Assuntos: CAE, Senado, banco central (Foto: Paulo Emílio)
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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou nesta sexta-feira que a manutenção do atual patamar da taxa básica de juros, hoje a 14,25 por cento ao ano, por período "suficientemente prolongado" é necessária para garantir a convergência da inflação para a meta.

Tombini, que participou de evento em São Paulo, repetiu ainda que o BC precisa permanecer "vigilante" e que a inflação acumulada em 12 meses atingirá seu pico neste trimestre e permanecerá elevada até o fim do ano, "para depois iniciar trajetória de queda".

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"A manutenção do atual patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016", repetiu Tombini, acrescentando que os riscos remanescentes são condizentes com o efeito defasado e cumulativo da política monetária, mas exigem que ela "se mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação em relação à meta".

O presidente do BC basicamente repetiu as informações contidas na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na semana passada, e ajudou a reforçar as apostas no mercado de juros futuros nesta sexta-feira que a Selic será mantida em setembro, encerrando o atual ciclo de aperto monetário iniciado em outubro passado.

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Em seu discurso, Tombini afirmou que o mercado de trabalho tem mostrado distensão acelerada e que a demanda doméstica tem contido a dinâmica da inflação.

Tombini, por outro lado, voltou a lembrar que a recente alta do dólar --no ano, até a véspera, de 32 por cento-- e elevação dos preços administrados têm colocado "importantes desafios à condução da política monetária". Diante disso, voltou a afirmar que é preciso ter "determinação e perseverança" para impedir que a inflação maior corrente seja transmitida para prazos mais longos.

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E defendeu que as expectativas de inflação de médio e longo prazo, em queda, mostram que a estratégia de política monetária "está na direção correta".

Pela pesquisa Focus do próprio BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, a projeção de alta do IPCA é de 9,32 por cento neste ano e de 5,43 por cento em 2016, recuando a 4,62 por cento no ano seguinte. A meta do governo é de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos, neste ano e em 2016. Para 2017, o centro é o mesmo, mas a margem é de 1,5 ponto.

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Tombini reconheceu que o recente ajuste fiscal está "ocorrendo em velocidade inferior à inicialmente prevista", mas defendeu que o "sentido... e a determinação em implementá-lo permanecem os mesmos".

"Uma trajetória de geração de superavit primários que fortaleça a percepção de sustentabilidade do balanço do setor público é fundamental para o ambiente macroeconômico e, portanto, para o crescimento sustentável", complementou.

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No front internacional, Tombini disse que o cenário é "desafiador" para as economias emergentes diante da iminente alta dos juros nos Estados Unidos e queda dos preços das commodities, "essa última também influenciada por incertezas acerca da trajetória de crescimento da economia chinesa".

Reforçou, por outro lado, que o Brasil tem instrumentos para enfrentar volatilidades, como as reservas internacionais e o uso de derivativos, como os swaps cambiais.

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(Reportagem de Renan Fagalde; Texto de Patrícia Duarte)

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