Meta vai exigir corte de R$ 40 bi e receita extra
Para especialistas, além do contingenciamento de R$ 40 bilhões, economistas calculam que o governo precisa arrecadar pelo menos R$ 45 bilhões em receitas extraordinárias ao longo de 2017 para cumprir a meta de déficit primário; corte profundo decorre do fato de as estimativas da lei orçamentária estarem superestimadas, porque foram feitas com base na projeção de crescimento de 1,6% para este ano
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247 - Além de um contingenciamento de aproximadamente R$ 40 bilhões, economistas calculam que o governo precisa arrecadar pelo menos R$ 45 bilhões em receitas extraordinárias ao longo de 2017 para cumprir a meta de déficit primário estabelecida para o governo central na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de R$ 139 bilhões. O corte de gastos deve ser anunciado na semana que vem.
As informações são de reportagem do Valor.
"Para economistas, o contingenciamento será necessário porque a estimativa de receita que consta na lei orçamentária está superestimada, já que ela foi feita com base em uma expectativa de crescimento da atividade de 1,6% em 2017, cenário que não deve se concretizar.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre- FGV), por exemplo, estima alta do PIB de 0,4% em 2017. Além da diferença nas expectativas de crescimento, o Ibre também estima que o deflator implícito do PIB será bem menor do que projeta o governo, o que reduz o PIB nominal. Nas contas do Ibre, o deflator implícito deve ficar em 5,1% neste ano, contra uma estimativa de 7,4% do governo. "E, mesmo assim, o índice ainda vai subir mais do que a inflação, que deve encerrar o ano em 4,35%", diz Vilma Pinto, pesquisadora do instituto.
O resultado, segundo ela, é uma estimativa de receita de R$ 1,158 trilhão em 2017, R$ 38,8 bilhões a menos do que estimado na lei orçamentária.
O corte, porém, terá que ser de R$ 34 bilhões, nas contas do Ibre, porque a despesa também deve ser R$ 5 bilhões menor do que consta no orçamento. "Estou simplesmente aplicando a regra de crescimento da despesa. O Novo Regime Fiscal ainda permite alta real do gasto em 2017", diz Vilma."
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