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Economia

Mídia chapa-branca esconde fiasco do emprego

Mantida de pé pela publicidade governamental, a imprensa chapa-branca, liderada pelos jornais Globo e Estado de S. Paulo, tratou de esconder os números desastrosos do emprego, divulgados ontem; em novembro, primeiro mês da reforma trabalhista, houve 12 mil demissões; no entanto, o Estado encontrou um "mas" para destacar os resultados das montadoras e o Globo preferiu olhar para os dados do Rio, onde houve 3 mil contratações após milhões de demissões

Mantida de pé pela publicidade governamental, a imprensa chapa-branca, liderada pelos jornais Globo e Estado de S. Paulo, tratou de esconder os números desastrosos do emprego, divulgados ontem; em novembro, primeiro mês da reforma trabalhista, houve 12 mil demissões; no entanto, o Estado encontrou um "mas" para destacar os resultados das montadoras e o Globo preferiu olhar para os dados do Rio, onde houve 3 mil contratações após milhões de demissões (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – A retomada da economia e do emprego prometida pela dupla Michel Temer e Henrique Meirelles ainda é uma miragem, mas não realidade cor-de-rosa da mídia chapa-branca, que vem sendo mantida de pé de pela publicidade governamental.

Nas suas edições desta quinta-feira, os jornais Globo e Estado de S. Paulo trataram de esconder os números desastrosos do emprego, que foram divulgados ontem. Em novembro, primeiro mês da reforma trabalhista, houve 12 mil demissões – o que contribuiu para a queda do ministro Ronaldo Nogueira, também fisgado em esquemas de corrupção.

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No entanto, o Estado encontrou um "mas" para destacar os resultados das montadoras e o Globo preferiu olhar para os dados do Rio, onde houve 3 mil contratações após milhões de demissões.

Abaixo, reportagem da Reuters sobre o fiasco de Temer e Meirelles:

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BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil perdeu 12.292 vagas formais de emprego em novembro, período em que os efeitos da reforma trabalhista já estavam em vigor, quebrando uma série de sete resultados positivos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho. 

O dado frustrou expectativa de abertura de 22 mil postos, de acordo com pesquisa Reuters junto a analistas, mas foi melhor em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram encerradas 116.747 vagas.

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Dos oito setores pesquisados, sete registraram saldo negativo em novembro, com destaque para indústria da transformação (-29.006 postos), construção civil (-22.826) e agropecuária (-21.761).

Apenas o comércio ficou no azul com a proximidade das festas de fim de ano, com a criação líquida de 68.602 vagas, mas num movimento insuficiente para levar o resultado geral para o campo positivo.

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Em apresentação, o ministério do Trabalho argumentou que a indústria já começa a demitir nesta altura do ano num cenário em que “todas as encomendas já foram atendidas”. Em relação à construção civil, disse que o setor é marcado por paralisação de obras em função do período de chuvas.

Pela série histórica do próprio Caged, que tem início em 2002, houve perdas líquidas de vagas em novembro apenas em 2002 e 2008 --anos marcados pela eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e crise financeira nos Estados Unidos, respectivamente-- e em 2015 e 2016, quando o país viveu a pior recessão da sua história.

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Segundo o ministério, foram criadas 3.120 vagas de trabalho intermitente no mês passado, na esteira da reforma trabalhista. Ao propô-la, o governo do presidente Michel Temer defendeu que as flexibilizações legislativas ajudariam na retomada do emprego.

No acumulado de janeiro a novembro, foram abertas 299.635 vagas, na série com ajustes, contra resultado negativo de 858.333 vagas no mesmo período do ano passado.

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No trimestre até outubro, a taxa de desemprego no Brasil caiu a 12,2 por cento, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, atingiu o nível mais baixo desde o final de 2016, mas com o número de desempregados ainda recuando devido à informalidade.

2018

Para o próximo ano, o ministério do Trabalho estimou a criação de 1.781.930 vagas formais de trabalho, considerando crescimento de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a projeção oficial do governo para a atividade.

Com este avanço, o estoque de empregos voltará ao patamar no primeiro trimestre de 2016, acrescentou a pasta. Se a economia subir 3,5 por cento, serão criadas 2.002.945 vagas, acrescentou Nogueira.


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