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Economia

Mínimo estaciona e equivale a 43% do salário médio do brasileiro

Governo Bolsonaro e economistas parecem sofrer da mesma doença semântica que acomete o ultraliberalismo: ambos entendem que o aumento do salário mínimo prejudica a economia e o déficit fiscal; a falta de imaginação não para aí; diz-se, com a maior tranquilidade, que cada real acima da inflação no salário mínimo produz o "custo" de R$ 350 milhões por ano nas despesas do governo; é essa lógica que trouxe, neste momento, o salário mínimo para sua insignificância similar à era FHC: ele estacionou em 43% do salário médio do brasileiro

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247 - Governo Bolsonaro e economistas parecem sofrer da mesma doença semântica que acomete o ultraliberalismo: ambos entendem que o aumento do salário mínimo prejudica a economia e o déficit fiscal. A falta de imaginação não para aí. Diz-se, com a maior tranquilidade, que cada real acima da inflação no salário mínimo produz o "custo" de R$ 350 milhões por ano nas despesas do governo. É essa lógica que trouxe, neste momento, o salário mínimo para sua insignificância similar à era FHC: ele estacionou em 43% do salário médio do brasileiro. 

A reportagem do jornal Valor não deixa dúvidas a respeito do alinhamento automático da editorialização econômica das redações brasileiras junto ao governo de extrema-direta de Jair Bolsonaro. Explica-se, assim, a relativa satisfação do mercado (e da Bolsa) com o novo governo: "em seu último ano de vigência, a política de valorização do salário mínimo parece ter atingido seu limite para elevar o poder de compra da população que tem o rendimento atrelado a ele. Sob ao menos três diferentes óticas, a comparação entre o mínimo e outras medidas de renda ficou relativamente estagnada nos últimos três anos. Segundo economistas, este é um argumento adicional para que o novo governo altere a regra de reajuste do mínimo. O principal deles é o impacto fiscal: o piso nacional é referência para quase 70% dos beneficiários da Previdência Social, maior rubrica de gasto primário do governo federal. O Itaú estima que, para cada R$ 1 de aumento além da inflação, há um custo adicional de R$ 350 milhões a cada ano, de caráter irreversível. Assim, num período de dez anos, cada um ponto de alta real do piso gera mais 0,4 ponto de déficit primário."

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A matéria prossegue sua agonia argumentativa, ainda que subscrita em bases factuais: "após o reajuste nominal de 4,61% sobre 2018, o piso nacional passou a valer R$ 998 a partir de janeiro, o equivalente a 43,3% da renda média em todo o país. Os cálculos foram feitos pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), a pedido do Valor, com base na estimativa da entidade para a evolução da renda real dos ocupados neste ano. Em 2018, essa a proporção ficou praticamente igual, em 43,2%, também considerando a projeção do instituto para a variação do rendimento médio dos trabalhadores no ano passado. O percentual é muito parecido ao de 2016 e 2017, quando o piso nacional equivaleu a 43,9% e 44,2% da renda média, respectivamente."

 

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