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Economia

Ministério da Economia autoriza mais 3 mil empregados para quadro de pessoal da Caixa

Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal ressalta déficit de quase 20 mil bancários e defende maior número de contratações

(Foto: Divulgação / Fenae)
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A Caixa Econômica Federal pode contratar aproximadamente 3 mil empregados. A medida está amparada por normativa do Ministério da Economia que autoriza o banco a aumentar o quadro de pessoal. De acordo com portaria da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do ministério, o novo quantitativo de pessoal aprovado passa de 84.544 para 87.544.

Conforme o artigo 3º da portaria, publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira (19), “compete à empresa [Caixa] gerenciar o seu quadro de pessoal próprio, praticando atos de gestão para contratar ou desligar empregados, desde que observado o limite estabelecido no Art. 1º [87.544 trabalhadores], as dotações orçamentárias aprovadas para cada exercício bem como as demais normas legais pertinentes”.

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“O quadro de pessoal do banco vem sofrendo uma grande redução ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que há aumento do número de clientes”, destaca o presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto. “Entendemos que a atual medida [portaria da Sest] é bem-vinda; mas, insuficiente. É preciso que haja um número maior de contratações”, defende Takemoto.

O dirigente observa que a quantidade de novos postos autorizada pelo Ministério da Economia é menor que o número de vagas anunciadas pelo banco no último mês de julho. Na ocasião, a direção da estatal afirmou que contrataria 4 mil empregados, sendo 1 mil vagas para Pessoas com Deficiência (PCDs) e 3 mil para concursados que aguardam convocação.

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Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, em cinco anos (de 2015 a 2020), houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa. Desde 2014, o banco vem acumulando um déficit de pessoal que se aproxima de 20 mil trabalhadores.  

“É uma importante conquista que vínhamos reivindicando nas negociações com a Caixa e nas audiências públicas que realizamos”, afirma a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Fabiana Uehara. “Mas, não resolve o problema dos empregados, que estão sobrecarregados e adoecendo por causa do excesso de trabalho”, acrescenta Uehara, ao defender que aprovados no concurso de 2014 [ainda em vigor] sejam contratados pelo banco.

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AS VAGAS — No último dia 19 de julho, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou “a abertura de 10 mil vagas na Caixa”. Na ocasião, ele afirmou: "Vamos contratar 10 mil pessoas. Destas, 4 mil serão novos empregados, sendo que 3 mil dependem de autorização do Ministério da Economia. Outros mil serão para PCDs, em setembro".

Também em julho (dia 12/07), uma comissão independente de aprovados no concurso de 2014 da Caixa solicitou audiência virtual com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para pedir a contratação de mais concursados ao quadro de pessoal do banco. Em resposta à solicitação, a Sest informou ao grupo (em 28/07), que “não há atribuições institucionais de gestão da força de trabalho [por parte da Sest], tais como realização de concurso público e contratação de empregados, pois tais ações se inserem no âmbito das competências da gestão das empresas”. A Secretaria ainda reforçou que “o assunto extrapola as competências desta Secretaria e deste Ministério por se tratar, conforme informado acima, de assunto de gestão da empresa; informamos que o assunto deve ser tratado diretamente com a Caixa”.

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Das 10 mil vagas anunciadas em julho — para, segundo Pedro Guimarães, serem direcionadas a cerca de 260 agências que serão abertas — um total de 6 mil são para vigilantes e recepcionistas (800 vagas) e estagiários (5,2 mil) já aprovados em processo conduzido pelo Centro de Integração empresa-escola (CIEE). As demais 4 mil vagas corresponderiam, de acordo com o banco, a 1 mil vagas para PCDs — por meio de concurso público previsto só para setembro — e 3 mil vagas para aprovados no concurso de 2014: os chamados “empregados remanescentes”.

“Ou seja: das 10 mil contratações anunciadas, menos da metade [4 mil] seriam para empregados que, acredita-se, estarão de fato na linha de frente do atendimento à população, nos caixas das agências, que é onde está a maior carência de pessoal na Caixa”, alerta o presidente da Fenae. “Estas 4 mil vagas representariam, contudo, apenas 20% do atual déficit do banco”, acrescenta Sergio Takemoto.

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