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Economia

Na alça de mira de Bolsonaro, BNDES tem resultado positivo com empréstimos internacionais

As acusações de Jair Bolsonaro de que o BNDES foi usado pelos governos do PT para agir de acordo com seus interesses internacionais caiu por terra com a divulgação da "Nota sobre financiamento à exportação de serviços”, divulgada pela instituição. Segundo a nota, US$ 10,3 bilhões dos US$ 10,5 bilhões em desembolsos feitos pelo BNDES para15 países já retornaram ao Brasil

Logo do BNDES na entrada da sede do banco no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Nacho Doce)
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Eduardo Miranda, Brasil de Fato - As acusações de Jair Bolsonaro (PSL) e integrantes de seu governo, nos últimos meses, de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) agiu de acordo interesses internacionais de aliados do Partido dos Trabalhadores (PT), o que teria colocado a instituição em risco, caíram por terra nesta segunda-feira (16). A “Nota sobre financiamento à exportação de serviços”, divulgada no site do BNDES, informa que praticamente todo o valor em desembolsos para empreendimentos em 15 países já foi devolvido. Segundo a nota, US$ 10,3 bilhões dos US$ 10,5 bilhões já retornaram ao Brasil.

“A exportação de serviços, quando bem aplicada, é reconhecida mundialmente como importante instrumento de um país para estímulo à geração de empregos, ao aumento da atividade industrial e à obtenção de saldos positivos em balança comercial”, destaca um trecho da nota divulgada pelo banco público.

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Privatizações

Uma das bandeiras defendidas por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é reduzir a importância do BNDES em financiamentos que alavancam a economia e geram empregos e dar ao banco outra função, a de gerir as privatizações de grandes empresas públicas que o governo pretende liquidar.

Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre práticas ilícitas no âmbito do BNDES, o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) disse ao Brasil de Fato que há uma clara movimentação do governo federal para criminalizar a instituição e dar início à privatização dos demais bancos públicos. 

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“É uma tentativa de ampliar a presença de bancos privados e as pessoas terem que pagar juros ainda mais altos, sem qualquer tipo de sustentação de programas fundamentais que têm como necessidade a existência de bancos públicos. Temos que resistir, porque essa guilhotina é parcelada: ataca-se o BNDES e depois farão o mesmo para privatizar Banco do Brasil e Caixa”, afirma Glauber.

No início do mês, a Câmara Federal sediou um seminário de lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional que contou com a presença da ex-presidenta Dilma Rousseff, de Fernando Haddad (PT), de Guilherme Boulos (Psol) e outros parlamentares de partidos da oposição. Ao ler o manifesto lançado na ocasioão, o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) destacou a importância de bancos públicos para um país.

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“O governo atual se propõe a acabar com o crédito e os bancos públicos. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, BNB e o BASA estão ameaçados. Ao longo da história do Brasil, os bancos públicos têm sido indispensáveis ao desenvolvimento sustentável e ao progresso do país. Fazem o que nenhum banco privado quer fazer: financiar com juros acessíveis a moradia, a agricultura familiar, a infraestrutura e os investimentos de longo prazo”.

O BNDES é um dos instrumentos mais importantes para a retomada do crescimento do país e também para a geração de empregos. De 2007 a 2017, o banco investiu R$ 509,5 bilhões em obras de infraestrutura, 287% a mais que os R$ 131,6 bilhões liberados de 1997 a 2007. 

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