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Economia

'Não há espaço fiscal para correção na tabela do IR'

Não há espaço fiscal para a prometida correção na tabela do Imposto de Renda e a medida ainda não tem o aval da área econômica do governo Jair Bolsonaro, disseram à Reuters fontes que se “surpreenderam” com a notícia dada no fim de semana pelo presidente

'Não há espaço fiscal para correção na tabela do IR' (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Rodrigo Viga Gaier (Reuters) - Não há espaço fiscal para a prometida correção na tabela do Imposto de Renda e a medida ainda não tem o aval da área econômica do governo Jair Bolsonaro, disseram à Reuters fontes que se “surpreenderam” com a notícia dada no fim de semana pelo presidente.

“Não estou envolvido diretamente, mas nunca ouvi isso”, afirmou uma fonte da equipe econômica, em condição de sigilo.

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“Isso é uma novidade total, não ouvi isso nem formal nem informalmente. O ambiente fiscal não está propício”, adicionou uma segunda fonte que integra o time, também em condição de anonimato.

Durante o fim de semana, Bolsonaro afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes que orientou o ministro da economia, Paulo Guedes, a corrigir a tabela do Imposto de Renda e, se possível, ampliar o limite dedutível de gastos com educação e saúde.

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A correção da tabela do IR de 2020 seria baseada na inflação, segundo Bolsonaro, sem esclarecer qual índice seria aplicado.

A tabela de IR não é corrigida desde o ano-calendário de 2015. Atualmente, são isentos de pagar Imposto de Renda os que ganham até 1.903,98 reais.

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Uma correção da tabela faria com que mais pessoas fossem enquadradas como isentas ou em faixas salariais com alíquotas mais baixas, provocando uma perda de arrecadação para o governo num momento que a União vive forte restrição fiscal, caminhando para seu sexto ano consecutivo no vermelho.

No fim deste mês, inclusive, a perspectiva é que seja anunciado um novo contingenciamento de recursos para além dos quase 30 bilhões de reais já bloqueados neste ano, para assegurar o cumprimento da meta fiscal, de um déficit primário de 139 bilhões de reais para 2019.

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A medida mostra o tamanho das dificuldades fiscais enfrentadas pelo governo em meio ao baixo crescimento da economia.

Economistas projetam uma alta de apenas 1,45 por cento para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, na 11ª semana seguida de redução de expectativa, conforme pesquisa Focus mais recente, feita pelo BC junto a uma centena de profissionais.

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