Para Parente, nem quarentena
O ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, foi dispensado da quarentena pela Comissão de Ética Pública, em decisão publicada ontem (14), em nota; Parente pediu demissão da estatal em 1º de junho e foi convidado para a presidência da BRF; quarentena é condição sine qua non para altos cargos de funcionários que deixam o governo
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Da Agência Brasil - O ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, foi dispensado da quarentena pela Comissão de Ética Pública, em decisão publicada hoje (14), em nota. Parente pediu demissão da estatal em 1º de junho e foi convidado para a presidência da BRF.
Cabe à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República definir se ex-agentes públicos devem passar por uma quarentena antes de assumir cargo na iniciativa privada e Parente pediu um parecer à CEP neste sentido.
Parente foi informado que estava dispensado da quarentena porque a Petrobras e a BRF não atuam no mesmo ramo. A BRF é uma das maiores empresas de alimento do mundo, dona de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy. A quarentena é aplicada para evitar que ex-agentes públicos levem para o mercado informações privilegiadas sobre o governo.
O período da quarentena depende do cargo ocupado antes da saída do ex-agente público do Executivo. Quanto mais acesso a informações sigilosas, maior o tempo de quarentena. Durante esse período, o ex-agente público recebe o salário correspondente.
O nome de Parente já era especulado na BRF antes mesmo de confirmada a demissão. Tanto que, logo após divulgada sua saída da estatal, as ações da empresa do ramo alimentício subiram mais de 12%.
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