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Economia

Parcerias para viabilizar investimentos

Aumentar os investimentos governamentais no Brasil é indispensável para o País acelerar seu nível de desenvolvimento. Para isso, é preciso buscar alternativas para viabilizá-los

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O Brasil alargou o alcance de sua política de seguridade social a partir dos anos 90 e isso pressionou a carga tributária. Hoje o poder público precisa elevar sua taxa de investimentos para remover gargalos da infraestrutura, que limitam o crescimento da economia, mas não há espaço para aplicar mais impostos. Em termos de elevação do endividamento, a Lei de Responsabilidade Fiscal limita essa possibilidade.

Segundo um estudo do Ipea (TD 126 – Como anda o investimento público no Brasil? – 29/12/2011) a taxa de investimentos das administrações públicas no Brasil teve um crescimento de 1,5% do PIB em 2003 para cerca de 2,5% do PIB no primeiro semestre de 2011. Porém, esse valor ainda fica muito aquém das necessidades do País.

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Em outro trabalho, apresentado em seminário da Cepal em 2007 (O reduzido investimento público no Brasil e reflexões para sua retomada) os autores mostram que o investimento público em relação à despesa pública total no período entre 1998 e 2003 ficou em média em 4,08% no caso do Brasil, bem menor do que em países como, por exemplo, Chile (11,07%), África do Sul (10,27%), México (15,02%) e Coréia (22,13%).

Aumentar os investimentos governamentais no Brasil é indispensável para o País acelerar seu nível de desenvolvimento. Para isso, é preciso buscar alternativas para viabilizá-los.

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Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) o Brasil precisaria, em cinco anos, investir R$ 376 bilhões em petróleo e gás, R$ 141 bilhões em energia elétrica, R$ 120 bilhões em transporte e logística, R$ 98,5 bilhões em telecomunicações e R$ 67,5 bilhões em saneamento.

Há ainda outras necessidades de competência dos Estados e municípios, como os problemas envolvendo mobilidade urbana, ocupação do solo e carência nos serviços de educação e saúde, que também desafiam os governantes e exigem formas alternativas de obtenção de recurso.

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Como equacionar esse gravíssimo cenário? Como o País poderia eliminar os gargalos que impedem a economia de crescer?

A saída é estimular as parcerias público-privadas (PPPs) através de medidas como, por exemplo, a instituição de um marco regulatório que torne o processo mais ágil e eficiente, a revisão do valor mínimo de R$ 20 milhões para esse instrumento e o estabelecimento de critérios para a celebração rápida de convênios entre a União e os Estados (também entre Estados e municípios) para repasse de recursos vinculados às PPPs.

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Mais do que qualquer debate ideológico, o encaminhamento da questão da falta de recursos para investimentos passa pela emergência de um novo padrão de relacionamento entre os poderes público e privado. Se, de um lado, há agentes públicos impossibilitados de prover, de modo quantitativo e qualitativo, serviços de sua competência e, de outro, há capacidade empresarial e financeira ansiosa por oportunidades de negócios, a sociedade precisa instituir meios que favoreçam um ambiente cooperativo.

A convergência de interesses legítimos entre os agentes público e privado se faz necessária. Vale a tese do economista Vilfredo Pareto, segundo a qual as transações entre dois agentes econômicos ocorrem quando ambos satisfazem seus interesses.

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Marcos Cintra é doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular e vice-presidente da Fundação Getulio Vargas

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