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Economia

Patriota: "Emergentes demonstram liderança"

Para o chanceler Antonio Patriota, eleição do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) representa que há uma "ordem internacional em transformação"; extra-oficialmente, negociadores do governo brasileiro dizem que Azevêdo teve 93 do total de 159 votos da OMC; Patriota também rebateu as críticas feitas contra o embaixador brasileiro durante a campanha, de que o Brasil adota medidas protecionistas

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Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A eleição do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) representa que há uma "ordem internacional em transformação", segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Para ele, significa que os países em desenvolvimento e pobres avançam nas suas conquistas. O chanceler disse hoje (7) que a vitória de Azevêdo se deve a uma campanha intensa, que mobilizou o governo, e ganhou apoio em todos os continentes.

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"É um resultado muito importante que reflete uma ordem internacional em transformação, que é de países emergentes que demonstram uma liderança", ressaltou o chanceler, lembrando que mesmo os países que votaram no mexicano Herminio Blanco, adversário de Azevêdo, aceitaram a vitória. "Mesmo aqueles que escolheram o outro candidato não se opuseram ao candidato preferido."

O chanceler lembrou que na OMC os 159 países são classificados em três grandes grupos: países desenvolvidos (os mais ricos), em desenvolvimento (entre os quais o Brasil se inclui) e de menor desenvolvimento (os mais pobres).

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Patriota acrescentou que a vitória de Azevêdo se deve à sua trajetória profissional, baseada em mais de 20 anos de negociações comerciais internacionais. "Um dos aspectos que influenciou o apoio ao embaixador Roberto de Azevêdo foi o sentimento que ele não precisava ser treinado para o cargo: estava treinando para o jogo e para chutar ao gol", disse.

Porém, o chanceler evitou falar em números. Não oficialmente, negociadores do governo brasileiro dizem que Azevêdo teve 93 do total de 159 votos da OMC. Para Patriota, não há espaço para ressentimentos, o momento é de construção para buscar a retomada das negociações da Rodada de Doha -  cujo objetivo é construir um amplo acordo de liberalização do comércio, mas sem resultados há cerca de dez anos

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"Não há razão alguma para se nutrir ressentimentos", destacou Patriota. "É com esse espírito que ele assume as novas funções, na importância de se avançar na Rodada de Doha", completou ele. "[Li no jornal] Financial Times a informação que o candidato era bom, mas o país também era bom".

Azevêdo foi eleito hoje o novo diretor da OMC. Ele assume o cargo em 31 de agosto substituindo o francês Pascal Lamy. A eleição foi disputada até o último minuto. O brasileiro contou com o apoio do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além dos países de língua portuguesa, várias nações na América Latina, na Ásia e na África.

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Desde 2008, Azevêdo é representante permanente do Brasil na OMC, está diretamente envolvido em assuntos econômicos e comerciais há mais de 20 anos. Diplomata de carreira, ele desempenhou várias funções ligadas às negociações de comércio exterior.

Protecionismo

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Patriota também rebateu as críticas feitas contra o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, durante a campanha para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), que o Brasil adota medidas protecionistas. Patriota disse que todas as iniciativas brasileiras, na entidade, respeitam as regras internacionais."O protecionismo é até certo ponto algo subjetivo. O Brasil é cioso no plano internacional, quando se trata de medidas internacionais, respeita as regras da OMC", disse Patriota. "O Brasil participa muito ativamente. É um país que trabalha dentro das regras, no questionamento das regras".

As críticas contra Azevêdo foram feitas pelos europeus, sob liderança dos governos da França e do Reino Unido. Em bloco, a União Europeia e a Croácia votaram contra a candidatura de Azevêdo e a favor do adversário dele, o mexicano Herminio Blanco.

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Ao ser perguntado sobre a estratégia para garantir a eleição de Azevêdo, Patriota disse que a estratégia adotada vem sendo construída. O ministro disse que todos os setores do governo foram envolvidos – da presidenta Dilma Rousseff, que se empenhou pessoalmente dando telefonemas e enviando mensagens, aos ministérios das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior, além da Fazenda.

No Ministério das Relações Exteriores foi montada uma equipe de campanha comandada pelo embaixador Rui Pereira. "Houve uma mobilização grande e  isso se constrói sobre alicerces [sólidos]", disse.


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