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Economia

Petrobras prevê caixa de US$ 8 bi a US$ 12 bi em 2015

Em teleconferência com analistas sobre o balanço não auditado do terceiro trimestre, presidente da estatal, Graça Foster, deu estimativa de caixa mínimo e máximo até o final do ano, sem captações; a dirigente disse que não foi possível precisar o valor e o período em que ocorreram pagamentos indevidos pela estatal nos atos investigados pela Operação Lava Jato, mas anunciou estimativa de R$ 4 bilhões em perdas; a cifra, no entanto, pode ser maior se surgirem novas denúncias, disse; Graça voltou a destacar as 66 medidas de governança, controle e gestão de riscos colocadas em prática no ano passado pela empresa

Em teleconferência com analistas sobre o balanço não auditado do terceiro trimestre, presidente da estatal, Graça Foster, deu estimativa de caixa mínimo e máximo até o final do ano, sem captações; a dirigente disse que não foi possível precisar o valor e o período em que ocorreram pagamentos indevidos pela estatal nos atos investigados pela Operação Lava Jato, mas anunciou estimativa de R$ 4 bilhões em perdas; a cifra, no entanto, pode ser maior se surgirem novas denúncias, disse; Graça voltou a destacar as 66 medidas de governança, controle e gestão de riscos colocadas em prática no ano passado pela empresa (Foto: Aline Lima)
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RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras estimou que encerrará 2015 com caixa de 8 bilhões a 12 bilhões de dólares, o que permitirá à companhia evitar captações de novos recursos ao longo do ano, conforme apresentação a investidores divulgada nesta quinta-feira.

A estatal começou o ano com caixa de 25 bilhões de dólares, segundo a apresentação, e prevê desembolsar entre 16 bilhões e 18 bilhões de dólares com dividendos, amortizações e juros.

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A companhia prevê ainda levantar 3 bilhões de dólares com desinvestimentos no ano.

No cálculo do fluxo de caixa de 2015, entram também 28 bilhões a 32 bilhões de dólares de geração operacional e investimentos entre 31 bilhões e 33 bilhões de dólares, cifras que já haviam sido divulgadas pela estatal na véspera, quando foi publicado o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014.

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As variações se devem à flutuação da taxa cambial e do preço internacional do petróleo, informou a Petrobras.

(Por Marta Nogueira e Gustavo Bonato)

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Petrobras admite não pagar dividendos dependendo de situação financeira

A Petrobras admite a possibilidade de não pagar dividendos a acionistas, caso a situação financeira da companhia piore, disse nesta quinta-feira o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, em teleconferência com analistas e investidores.

"Há a possibilidade de não haver pagamento de dividendos, essa é uma alternativa que pode ser avaliada dependendo (da situação da companhia)", disse Barbassa, sem especificar um período de tempo.

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(Por Marta Nogueira, Jeb Blount e Rodrigo Viga Gaier)

Abaixo, reportagem do portal Infomoney sobre a teleconferência

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Por Lara Rizério - A  Petrobras (PETR3;PETR4) realiza teleconferência na tarde desta quintafeira (29), com diversos pontos a serem esclarecidos sobre o balanço não-auditado da companhia e sem as perdas contábeis.

A companhia registrou lucro líquido de R$ 3,087 bilhões no terceiro trimestre de 2014, ante R$ 3,395 bilhões no mesmo período de 2013, segundo balanço não auditado divulgado na madrugada de quarta-feira.

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O resultado não incluiu baixas contábeis relacionadas às denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, mas incluiu baixas de R$ 2,7 bilhões de reais com a descontinuidade dos projetos das refinarias Premium I e II.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, começou a teleconferência dando destaque à Operação Lava Jato, que alcançou a companhia em março de 2014 com a prisão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da empresa em meio às denúncias de corrupção.

E, em face a essas investigações, a Petrobras não teve condições de divulgar as demonstrações revisadas no terceiro trimestre em decorrência do tempo necessário para se obter maior aprofundamento nas investigações.

A Petrobras não pode precisar nem o valor nem o período em que ocorreram os pagamentos indevidos porque os atos ilícitos envolvem pagamentos efetuados entre contratadas e fornecedores externos, ou seja, fora dos registros contábeis da companhia.

Sobre a metodologia para quantificar as baixas adotáveis, foram adotadas duas metodologias: estimou-se o valor do erro a partir do percentual médio de propina citado nos depoimentos, levando a uma perda estimada de R$ 4,06 bilhões. Novas informações poderiam resultar em novos ajustes, ampliação do escopo dos contratos e empresas e períodos de análise.

Sobre a segunda metodologia (Cálculo do Valor Justo dos Ativos), o valor da correção seria o valor contábil do ativo descontado o valor justo. Haveria duas abordagens: abordagem de custo, com base no custo de reposição ou abordagem de renda, com base nos fluxos de caixa descontados.

O cálculo do valor justo dos ativos totalizaram 52 ativos com R$ 188,4 bilhões, um terço do total do cerca de R$ 600 bilhões dos ativos imobilizados da companhia.

Os resultados e fragilidades: 31 ativos com valor justo dos ativos inferior ao valor contábil, totalizando R$ 88,6 bilhões e 21 ativos com valor justo dos ativos superior ao valor contábil, totalizando R$ 27,2 bilhões.

"Nós recomendamos o Conselho o fato de que nós não usaríamos à última metodologia que é uma composição de muitas variáveis, como mudanças nas variáveis econômicas, câmbio, taxas de desconto, mudança nas projeções de preços, margens e insumos, deficiências no planejamento dos projetos, cláusulas contratuais alteradas", destaca Graça, citando outros pontos. A comparação do valor justo com o valor contábil não permite isolar a parcela relacionada à corrupção, não se mostrando uma proxy adequada.

De tal forma, Graça destacou que a Petrobras dará o tratamento e o encaminhamento adequado às informações contidas nos laudos dos avaliadores independentes, de tal forma a ajustas os valores contábeis dos ativos.

Graça destacou que a posição de caixa da Petrobras e sua capacidade de geração operacional não é afetada por ajustes decorrentes da corrupção ou de qualquer outro relacionado ao valor dos seus ativos.

Números que saíram Olhando para os números da companhia que foram divulgados, o diretor-financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, explica a queda de 48% no lucro operacional de 48%, para R$ 4,6 bilhões, por quatro fatores. A baixa dos valores relacionados à construção das refinarias Premium I e II, reajuste salarial e gratificação concedidos pelo acordo coletivo de trabalho, a provisão para perdas referentes a recebíveis dos produtores independentes de energia e o pagamento de acordo com a Bolívia para a importação de gás.

Do lado positivo, estiveram a maior produção de petróleo e a receita extraordinária proveniente de acordo extrajudicial das plataformas P-19 e P-31.

Sobre os indicadores financeiros, o endividamento total subiu por conta da dívida contratada e também por conta da desvalorização do real. A alavancagem atingiu os 43%.

A dívida total, que cresceu para R$ 331,7 bilhões nos primeiros nove meses do ano, se deu pela desvalorização da dívida cambial da companhia. A dívida contratada, no entando, ajudou a equilibrar esses números, que chegaram, nofim, a 70 bilhões de reais em dívidas no período.

Com relação aos covenants para o balanço anual auditado, Barbassa destacou que as dívidas bilaterais exigem entrega dos resultados anuais auditados de até 120 dias após o fim do exercício mais 30 ou 60 dias de cura. Já os títulos exigem entrega dos resultados anuais auditados aos agentes fiduciários até 120 dias após o fim do exercício mais 60 dias de cura.

A meta é divulgar esses resultados, incluindo dívidas, com uma auditoria externa até o final de 150 dias a partir da data da notificação.

Produção O diretor de exploração e produção da Petrobras José Formigli destacou que a meta de produção de petróleo é de 2,12 milhões de barris por dia em 2015, uma alta de 4,5% na comparação com o ano anterior. O avanço dos ramp-ups de unidades que entraram em 2013 e 2014, a interligação de 69 poços e a entrada da FPSO Cidade de Itaguaí foram positivos.

As perspectivas são de que os novos sistemas serão no pré-sal, que apresenta boa produtividade; além disso, os problemas no Roncador devem ser solucionados.

"A preocupação com o capex e o opex seguem sempre presentes na avaliação das oportunidades do E&P, sempre considerando as eficiências dos recursos operacionais", destacou Formigli.

Premissas do fluxo de caixa da companhia Graça Foster voltou a falar, destacando as premissas da empresa, com base do preço do barril de petróleo entre US$ 50 a US$ 70 o barril. Os preços de gasolina e diesel serão mantidos, destaca a presidente, "o que permite uma recuperação" dos números da companhia, enquanto haverá uma revisão da política para os demais derivados.

Com relação ao capex, haverá redução do ritmo dos projetos que trazem pouca ou nenhuma contribuição ao caixa em 2015 e 2016 nas áreas de abastecimento, gás e energia e Exploração e Produção. O capex estimado para 2015está entre US$ 31 bilhões e US$ 33 bilhões, uma queda de 25%. "Podemos passar 2015 sem fazer novas captações", afirma Graça.

Já desinvestimentos, estão planejando apenas para o final do ano de cerca de US$ 3 bilhões.

Sobre o aperfeiçoamento da Governança corporativa, Graça destacou que a companhia segue acompanhando seus controles internos. Dentre os procedimentos, estão 66 medidas para o aprimoramento da governança, controle e gestão de riscos, a criação da diretoria nesta área e a posse do diretor João Adalberto Elek Júnior. 

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