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Economia

Petroleiras se apressam para disputar leilões no Brasil e no México antes das eleições

Principais empresas globais de petróleo e gás estão se reunindo no México e no Brasil nesta semana para aquelas que podem ser duas de suas últimas chances de competir por algumas das maiores reservas do mundo antes de eleições presidenciais deste ano, onde candidatos de esquerda ameaçam recentes reformas no setor de energia; para o leilão de quinta-feira no Brasil, 21 empresas, incluindo Chevron, BP, Exxon, Shell, Statoil e Total se registraram para disputar os 70 blocos que estão sendo oferecidos; no México, 14 empresas e 22 consórcios de empresas de médio e grande porte qualificaram-se para concorrer no leilão desta semana

PLATA1 - ES - 15/07/2010 - PLATAFORMA/PRE-SAL - ECONOMIA OE JT - Plataforma FPSO Capixaba, que trabalha na produção do pré-sal, no Campo Baleia Franca, no litoral do Espírito Santo. Foto: MARCOS DE PAULA/AGENCIA ESTADO/AE (Foto: Paulo Emílio)
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Reuters - As principais empresas globais de petróleo e gás estão se reunindo no México e no Brasil nesta semana para aquelas que podem ser duas de suas últimas chances de competir por algumas das maiores reservas do mundo antes de eleições presidenciais deste ano que ameaçam recentes reformas no setor de energia de ambos os países.

Um leilão de direitos para explorar e produzir petróleo em águas rasas no México e uma rodada de leilões em terra e mar no Brasil vão ocorrer meses antes das eleições presidenciais nas duas principais economias da América Latina.

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Candidatos de esquerda prometeram reverter ou reduzir o fluxo de investimentos privados na indústria de petróleo em ambos os países.

A incerteza das eleições poderia levar algumas empresas a fazer lances ousados em busca de garantir acesso a novas áreas de exploração.

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"Há de fato uma sensação de que estes podem ser os últimos (leilões) por um tempo", disse um executivo de uma empresa registrada para dar lances nos dois países, sob condição de anonimato.

Por outro lado, algumas empresas poderiam evitar competir até que possam ver se as eleições poderão levar a mudanças nos contratos ou nos termos propostos nas licitações.

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O candidato de esquerda do México Andrés Manuel López Obrador, que lidera nas pesquisas de opinião, disse que vai rever mais de 90 contratos assinados desde que o México aprovou uma lei em 2013 interrompendo o monopólio de 75 anos da empresa estatal de energia Pemex.

López Obrador planeja pedir neste mês ao presidente Enrique Peña Nieto que cancele dois leilões planejados para o segundo semestre do ano se vencer a eleição de julho.

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O apoio a López Obrador está em torno de 29,5 por cento, contra 21,2 por cento de seu rival mais próximo, segundo pesquisas.

No Brasil, o mais provável candidato de esquerda na corrida presidencial, Ciro Gomes, alertou as potenciais petroleiras participantes da licitação ao dizer que irá expropriar ativos de energia comprados por investidores privados se ganhar a disputa.

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Ciro Gomes está atrás apenas do candidato de direita Jair Bolsonaro quando as pesquisas são realizadas sem o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também promete participar das eleições, mas pode ser impedido devido a uma investigação de corrupção.

"As empresas agora talvez possam querer maiores taxas de retorno, ou elas podem chegar a um ponto em que não querem esse nível de risco", disse o chefe do grupo de energia na América do Norte e Latina na consultoria EY no México, Alfredo Alvarez.

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A maioria dos executivos da indústria e analistas de petróleo disse à Reuters que não espera que as reformas sejam totalmente revertidas em nenhum dos dois países. Mas muitos vêem um calendário de rodadas de licitação mais lento e mudanças nos termos de contratos como possibilidades reais.

"A velocidade dos leilões poderia ficar mais lenta e até mesmo parar, mas a reforma é protegida pela Constituição, que exige dois terços do Senado e da Câmara para mudar", disse o presidente da Pemex, Carlos Trevino, no início deste mês em Houston.

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A geologia de qualidade superior do Brasil e a história de respeito aos contratos no país superam as preocupações com a instabilidade política, mas uma rodada de licitação quinta-feira e um leilão subsequente em junho, para blocos do pré-sal, podem ser juntos tão grandes a ponto de prejudicar a lucratividade, disse a consultoria Wood Mackenzie.

Em setembro de 2017, a Exxon Mobil pagou um recorde de 2,24 bilhões de reais por um bloco brasileiro com a parceira Petrobras em um leilão sob regime de concessão.

Em outro sinal de forte demanda, as empresas que competiram em outubro para comprar participações nos cobiçados campos de petróleo do pré-sal do Brasil prometeram entregar ao governo até 80 por cento do petróleo produzido após os custos.

Para o leilão de quinta-feira no Brasil, 21 empresas, incluindo Chevron, BP, Exxon, Shell, Statoil e Total se registraram para concorrer em uma rodada onde 70 blocos estão sendo oferecidos.

As gigantes devem concentrar as ofertas em poucos blocos nas prolíficas bacias de Campos e Santos, com bônus mínimos de assinatura por bloco que vão até 1,9 bilhão de reais. Há rumores de que alguns têm geologia de pré-sal.

No México, 14 empresas e 22 consórcios de empresas de médio e grande porte qualificaram-se para concorrer no leilão desta semana, que oferecerá 35 blocos nas águas rasas do Golfo do México. O governo espera que pelo menos sete sejam concedidos, segundo o ministro da Energia.

A Pemex será provavelmente a principal participante da rodada, porque tem sua própria infraestrutura e acumulou um vasto conhecimento da geologia.

Reportagem de Marianna Parraga, Ana Isabel Martinez e David Alire na Cidade do México e Alexandra Alper no Rio de Janeiro

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