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Economia

Petroleiros culpam Pedro Parente pela greve dos caminhoneiros

Preço absurdo da gasolina no Brasil deu combustível para a greve dos caminhoneiros, avalia Federação Única dos Petroleiros (FUP); de acordo com a entidade, a "política de Temer e Parente deixará o Brasil de novo completamente vulnerável a qualquer problema internacional e quem continuará pagando a conta é o povo brasileiro"

Preço absurdo da gasolina no Brasil deu combustível para a greve dos caminhoneiros, avalia Federação Única dos Petroleiros (FUP); de acordo com a entidade, a "política de Temer e Parente deixará o Brasil de novo completamente vulnerável a qualquer problema internacional e quem continuará pagando a conta é o povo brasileiro" (Foto: Leonardo Lucena)
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247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) culpou o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pelo protesto dos caminhoneiros, que parou a estrada de 17 Estados contra a alta do diesel pelo governo Temer.

"Após ter reajustado os preços da gasolina e do diesel quatro vezes consecutivas na última semana, a gestão golpista da Petrobrás anunciou um novo aumento dos preços dos derivados nas refinarias. Os valores subirão quase 1% nesta terça-feira, 22, colocando mais combustível na greve dos caminhoneiros, que protestam em todo o país contra os altos preços do diesel, que só neste mês de maio, já aumentou 12,3%", diz a entidade.

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De acordo coma  FUP, "os combustíveis impactam diretamente no valor dos transportes públicos e dos fretes rodoviários, que, por sua vez, refletem nos preços dos alimentos e dos produtos industrializados".

"Por isso, a redução dos preços dos derivados de petróleo é um dos eixos da greve que os petroleiros aprovaram para barrar o desmonte do Sistema Petrobrás. A retomada da produção das refinarias e o fim das importações de combustíveis estão também na pauta principal do movimento (saiba mais aqui)".

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Política de preços de Parente atende ao mercado

A FUP disse que Parente "alterou a política de preços das refinarias, em outubro de 2016, quatro meses após ser empossado. Por sua orientação, a estatal passou praticar a paridade com o mercado internacional, aumentando os preços de acordo com a variação do barril de petróleo, sem estabelecer qualquer mecanismo de proteção para o consumidor".

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"Além de aumentar diariamente os preços dos derivados, Pedro Parente reduziu a carga das refinarias, que estão operando com 75% da capacidade em vários estados do País. Quem ganha com isso são as importadoras de combustíveis. Em 2017, foram importados mais de 200 milhões de barris de derivados de petróleo, número recorde da série histórica da Agência Nacional do Petróleo (ANP)", acrescentou.

Segundo o economista Cloviomar Cararine, técnico do Dieese e assessor da FUP, "as importadoras de derivados aproveitaram a redução de carga das refinarias da Petrobrás para entrar no mercado de derivados brasileiro. Nosso país é o 7º maior consumidor de derivados do mundo". "A Petrobrás abriu mão de ofertar derivados ao país e passamos, assim, a depender, em grande medida, das importações de derivados de outros países, principalmente dos EUA", alerta.

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Privatização das refinarias deixará o Brasil mais vulnerável

A entidade disse, ainda, que "o quadro vai piorar ainda mais com a privatização das refinarias e dos dutos e terminais da Transpetro, que foram colocados à venda pela gestão de Pedro Parente".

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Juliane Furno, doutoranda em Desenvolvimento Econômico na Unicamp, afirma que, "se o refino e o transporte de derivados passarem para a iniciativa privada, o governo brasileiro perde a possibilidade de controlar o preço do combustível que chega nas bombas dos postos. Com o refino nas mãos das empresas privadas findam-se as possibilidades de garantir desenvolvimento nacional e preços baixos aos consumidores, já que a lógica deixa de ser o bem estar social e passa a ser a do mercado".

De acordo com a instituição, "nos anos 90, o povo brasileiro sofreu as consequências dos aumentos desenfreados dos derivados, quando a gasolina brasileira chegou a ser cotada entre as 20 mais caras do mundo. Entre 1995 e 2002, o preço do combustível sofreu reajustes de 350%, uma média de 44% ao ano. De 2003 a 2015, o reajuste foi de 45%, uma média de 3.75% ao ano".

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"Nos governos Lula e Dilma, as nossas refinarias estavam a plena carga, com condições de suprir o mercado interno e praticar preços acessíveis à população. Agora, por uma decisão do governo, a Petrobrás reduziu drasticamente a carga processada em nossas refinarias e o país aumentou a importação", denuncia o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel.

"Da forma como está, se a OPEP resolver fechar as torneiras amanhã, os consumidores brasileiros vão pagar o preço e não saberão disso", alerta. "Essa política de Temer e Parente deixará o Brasil de novo completamente vulnerável a qualquer problema internacional e quem continuará pagando a conta é o povo brasileiro", afirma.

*Com informações da FUP

 

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