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Economia

Petroleiros denunciam: Parente quer entregar todos os gasodutos nacionais

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) critica o início do processo de privatização da Transportadora Associada de Gás, subsidiária que opera e administra os gasodutos da Petrobras, conforme anúncio feito pelo presidente da estatal, Pedro Parente, depois de "doar a Nova Transportadora do Sudeste à Brookfield, fundo de investimentos canadense"; "O prejuízo só aumentará", prevê a entidade

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) critica o início do processo de privatização da Transportadora Associada de Gás, subsidiária que opera e administra os gasodutos da Petrobras, conforme anúncio feito pelo presidente da estatal, Pedro Parente, depois de "doar a Nova Transportadora do Sudeste à Brookfield, fundo de investimentos canadense"; "O prejuízo só aumentará", prevê a entidade (Foto: Romulo Faro)
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247 - "Após doar a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) à Brookfield, fundo de investimentos canadense, a gestão Pedro Parente comunicou ao mercado o início do processo de privatização da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária que opera e administra os gasodutos da Petrobras", diz a FUP (Federação Única dos Petroleiros) em nota.

"Estamos falando de uma malha com mais 4,5 mil quilômetros de dutos, localizados principalmente nas regiões Norte e Nordeste, cuja capacidade de transporte gira em torno de 75 milhões de metros cúbicos de gás por dia", continua a entidade.

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Além de desarticular a logística de transporte da Petrobras, a venda da TAG deixará nas mãos de grupos estrangeiros o controle sobre os gasodutos do país. A estatal terá que se submeter aos preços e condições impostas pelas multinacionais, como já acontece com a NTS, que agora pertence ao fundo de investimentos Brookfield.

Segundo especialistas do setor, a Petrobrás desembolsará anualmente US$ 1 bilhão para utilizar a malha de gasodutos do Sudeste. Em apenas quatro anos, a empresa terá pago em aluguel o valor da venda da empresa. Para a FUP, "o prejuízo só aumentará, já que a produção de gás natural cresce com a exploração do Pré-Sal, cujas jazidas estão justamente no Sudeste".

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Leia a íntegra da nota dos petroleiros:

Parente quer entregar aos gringos todos os gasodutos da Petrobrás

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Após doar a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) à Brookfield, fundo de investimentos canadense, a gestão Pedro Parente comunicou ao mercado o início do processo de privatização da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária que opera e administra os gasodutos da Petrobrás. A chamada "etapa de divulgação da oportunidade" (teaser) foi anunciada em fato relevante nesta terça-feira, 05, à noite.

Sob o governo Temer, a desintegração da petrolífera avança a passos largos. Os mais de dois mil quilômetros de gasodutos que cortam o Sudeste do país já foram entregues a preços ínfimos à Brookfield: US$ 4,23 bilhões, sendo US$ 2,59 bilhões em ações e US$ 1,64 bilhão em títulos de dívida. Com a venda da TAG, a gestão Pedro Parente abrirá mão de mais 4,5 mil quilômetros de gasodutos, localizados principalmente nas regiões Norte e Nordeste, cuja capacidade de transporte gira em torno de 75 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

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Criada em 2006 para unificar o transporte de gás natural no país, a subsidiária fechou o ano passado com receita líquida de R$ 4,7 bilhões e geração de caixa operacional de R$ 4,1 bilhões. Não há, portanto, justificativas para sua privatização.

Além de desarticular a logística de transporte da Petrobrás, a venda da TAG deixará nas mãos de grupos estrangeiros o controle sobre os gasodutos do país. A estatal terá que se submeter aos preços e condições impostas pelas multinacionais, como já acontece com a NTS, que agora pertence ao fundo de investimentos Brookfield. Segundo especialistas do setor, a Petrobrás desembolsará anualmente US$ 1 bilhão para utilizar a malha de gasodutos do Sudeste. Em apenas quatro anos, a empresa terá pago em aluguel o valor da venda da empresa.

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O prejuízo só aumentará, já que a produção de gás natural cresce com a exploração do Pré-Sal, cujas jazidas estão justamente no Sudeste. Quem pagará a conta será o consumidor, como já vem acontecendo com o gás de cozinha, a gasolina e o diesel, cuja política de preços da Petrobrás privilegia as distribuidoras e importadoras de combustíveis. E ficará ainda pior com o desmonte das refinarias, a privatização da Liquigás e a abertura do capital da BR Distribuidora. Cada vez mais, o povo brasileiro estará à mercê dos oligopólios privados.

A privataria conduzida por Pedro Parente, além de causar graves prejuízos à Petrobrás, beneficia diretamente as concorrentes da estatal. Perdem os consumidores, perdem os trabalhadores, perdem os acionistas. Mas, o mais grave de tudo, é que o povo brasileiro está perdendo soberania e perspectivas de um futuro melhor, diante da privatização das principais empresas do Sistema Petrobrás.

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