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Economia

Pivô da crise no BB pode ser demitido por Dilma

O vice Ricardo Oliveira, que estimulou a disputa entre os chefes do banco, Aldemir Bendine, e da Previ, Ricardo Flores, corre o risco de ser sacrificado para encerrar a guerra entre a maior instituio financeira e o maior fundo de penso do Pas

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247 – “Horrorizada”. Essa foi a expressão utilizada por interlocutores da presidente Dilma Rousseff para descrever sua reação ao saber que vários jornalistas estavam recebendo dados financeiros de um ex-vice-presidente do Banco do Brasil, Allan Toledo, e de uma aposentada com câncer, Liu Mara Zerey. Este dossiê seria fruto da guerra por cargos no Banco do Brasil e na Previ. Ontem mesmo, assim que a denúncia sobre as movimentações de Allan Toledo e Liu Mara Zerey foi publicada na Folha de S. Paulo, 247 foi o primeiro veículo de comunicação brasileiro a denunciar a quebra de sigilo bancário, a exemplo do que ocorrera com o caseiro Francenildo Costa (leia mais aqui). E Dilma enfatizou que não admitiria outro caso Francenildo na Esplanada dos Ministérios. Na noite ontem, o Ministério da Fazenda divulgou nota informando a abertura de sindicância para apurar se o próprio Banco do Brasil vazou informações financeiras de seu ex-vice-presidente nessa guerra suja pelo poder (leia mais aqui).

Dilma também quer que essa confusão saia das páginas dos jornais, pois, segundo a presidência da República, “roupa suja se lava em casa”. E, se isso acontecer, tanto o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, como o da Previ, Ricardo Flores, poderão preservar seus cargos. O mesmo não pode ser dito do verdadeiro pivô da crise. É o vice-presidente da área de Governo do Banco do Brasil, Ricardo Oliveira, que estimulou a guerra de intrigas e acusações entre a maior instituição financeira e o maior fundo de pensão do País. A informação está no Painel da Folha de S. Paulo, da jornalista Vera Magalhães, na nota Por uma Cabeça. “No governo, as opiniões se dividem sobre quem deve sair. Uma ala quer a cabeça do vice-presidente de governo, Ricardo Oliveira, apontado como operador da briga entre os operadores do BB, Aldemir Bendine, e da Previ, Ricardo Flores. Isso serviria de aviso para que os mentores cessassem o tiroteio.”

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Desde o início da confusão no Banco do Brasil, 247 tem alertado que Ricardo Oliveira é o verdadeiro nome da crise (leia mais aqui). Articulador político e próximo ao ministro Gilberto Carvalho, foi ele o responsável pela indicação dos dois últimos presidentes do BB: Lima Neto e Aldemir Bendine. Na virada do governo Lula para o governo Dilma, ele tentou fazer de Bendine presidente da Vale, mas fracassou, porque não contou com o apoio do presidente da Previ, Ricardo Flores. Desde então, começou a guerra entre o banco e seu fundo de pensão, que corre o risco de se transformar em caso de polícia, com a quebra de sigilo bancário, denunciada ontem.

Discretíssimo, Ricardo Oliveira está tendo uma exposição que jamais desejou para si. Além de citado como possível cabeça a ser cortada no Painel da Folha, ele também mereceu um perfil no Estado de S. Paulo, assinado por David Friedlander, onde é chamado de “Ricardo Gordo”, seu apelido no BB, e apontado como o grande articulador da crise. Ontem, Ricardo Oliveira foi a Brasília, em busca de apoio político para permanecer no banco. Valendo-se do cargo, ele ajudou vários parlamentares a arrecadar recursos para suas campanhas. Além do ministro Gilberto Carvalho, ele também é muito próximo do deputado Paulo Teixeira, do PT de São Paulo. Ontem, Oliveira almoçava sozinho numa mesa do restaurante Gero. Lá, esta foto foi tirada por um de seus muitos desafetos no Banco do Brasil.

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