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Economia

Recessão acelera déficit previdenciário em 16 anos, diz estudo

As estimativas de arrecadação previdenciária feitas antes da recessão "indicavam que a arrecadação da Previdência se estabilizaria em 6,86% do PIB em 2021"; agora, as projeções, por conta do desemprego e da perda de valor da massa salarial de emprego formal – a que recolhe – está em 5,76% do Produto Interno Bruto

Recessão acelera déficit previdenciário em 16 anos, diz estudo (Foto: Antônio Cruz / ABr (20.05.2011))
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Por Fernando Brito, Tijolaço - O coordenador do Observatório de Político Fiscal do IBRE, da Fundação Getúlio Vargas, Manoel Pires, publicou hoje um estudo que mostra o quanto a política recessiva que se veio aplicando desde 2015 afeta as contas da Previdência, com um impacto violentíssimo.

As estimativas de arrecadação previdenciária feitas antes da recessão "indicavam que a arrecadação da Previdência se estabilizaria em 6,86% do PIB em 2021". Agora, as projeções, por conta do desemprego e da perda de valor da massa salarial de emprego formal – a que recolhe – está em 5,76% do Produto Interno Bruto.

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Uma percentagem menor sobre um PIB sensivelmente menor do que aquele que o país teria com taxas de crescimento razoáveis.

Como o lado da despesa da Previdência não diminui com a crise e, ao contrário, sua proporção tende a representar uma parcela maior ante uma atividade econômica que não se expande na mesma proporção, os gastos previdenciários, que em 2014 chegariam a 7,98% do PIB em 2021 tiveram sua estimativa revista para 8,76% do PIB daquele ano.

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Queda na receita e peso maior da despesa elevaram, portanto, a previsão de déficit da Previdência, que ficaria em 1,12% do Produto Interno Bruto, na estimativa para daqui a dois anos, aumentando para algo como os 3,06% do PIB esperados agora para 2021.

Isso quer dizer que o "buraco" nesta conta terá, em dois anos, um tamanho que só teria em 2037. Ou seja, uma antecipação de 16 anos das dificuldades de caixa.

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Fica evidente que o maior inimigo das contas previdenciárias não são os que caminham para a condição de aposentados, que devem ter seu caminho aumentado e dificultado com a reforma que se quer fazer, mas as políticas recessivas, contrárias ao emprego formal (como a tal "carteira verde-amarela") e indutora do desemprego.

Com crescimento econômico, diz o estudo, "era possível fazer uma reforma bastante gradual como vinha ocorrendo no passado, em que cada governo realizava um ajuste no sistema". Mais palatável para a população, diz.

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Com o projeto de estagnação a que querem nos atrelar, talvez nem o genocídio previdenciário nos livre do desastre nas contas.

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