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Economia

Reforma da Previdência vai a plenário nas próximas semanas, diz Meirelles

Mesmo com apenas 99 votos a favor da Reforma da Previdência na Câmara, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira, 10, que o texto proposto pelo governo deve ir a votação no Plenário da Casa nas próximas semanas; para o ministro, se for adiada, a votação da reforma pode impactar nas projeções feitas pelo governo sobre a reforma e, por isso, a aprovação do texto final deve ocorrer “o mais rápido possível”; “Acredito que a discussão está sendo feita na hora certa, e o momento de se chegar ao texto definitivo é este, porque a partir do momento em que sair da relatoria para votação final, quanto menos se mexer [no texto] melhor”, disse  

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles reúne-se com a bancada do partido Democratas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Paulo Emílio)
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Agência Brasil - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (10), que a proposta de reforma da Previdência deverá seguir para votação no plenário da Câmara dos Deputados nas próximas semanas.

Em entrevista, após palestra sobre o tema na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, no seminário Previdência Social no Brasil: aonde queremos chegar?, o ministro afirmou que o relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), deve encaminhar já na próxima semana à Comissão Especial da Previdência o relatório final da proposta para ser discutido e finalizado antes do encaminhamento para a votação.

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Para o ministro, se for adiada, a votação da reforma pode impactar nas projeções feitas pelo governo sobre a reforma e, por isso, a aprovação do texto final deve ocorrer “o mais rápido possível”.

“Acredito que a discussão está sendo feita na hora certa, e o momento de se chegar ao texto definitivo é este, porque a partir do momento em que sair da relatoria para votação final, quanto menos se mexer [no texto] melhor”, disse.

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Recuperação da economia

Meirelles disse que considera fundamental a aprovação da reforma da Previdência para a retomada da economia. “É imprescindível para a recuperação da economia, já em 2017, a reforma da Previdência. E não é uma questão de opinião, mas de necessidade.”

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“Projeções de longo prazo indicam que é insustentável manter a trajetória da Previdência, que prevaleceria sem a reforma. Outros países tiveram que tomar atitudes dramáticas: cortar salários, reduzir valores das aposentadorias que já haviam sido concedidas – e isso, exatamente, porque esperaram por muitos anos, além do que era conveniente”, acrescentou.

Segundo o ministro, o governo vem trabalhando com organizações internacionais para dimensar o tamanho do déficit na Previdência. "O Banco Mundial está fazendo um estudo sobre o assunto que deverá ser divulgado nas próximas semanas. Existe ainda um estudo da OECD Corporate Governance Committee, que também está analisando o assunto. São, portanto, órgãos técnicos internacionais isentos que indicarão, de fato, a existência do déficit, porque há muita informação equivocada sendo passada aos brasileiros de que não há déficit na nossa Previdência”.

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Dívidas dos estados

Henrique Meirelles disse que “não há qualquer possibilidade” de o governo federal vir a sacrificar o ajuste fiscal em curso para ajudar estados endividados.

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“É importante dizer que o projeto de recuperação fiscal dos estados, para ser aprovado, estabelece uma série de critérios para que possam aderir [aos acordos de ajuste fiscal dos governos estaduais]. Não são todos que vão aderir. Os estados que estiverem insolventes – sem condições de pagar suas contas para poder se enquadrar no regime –  deverão estar dispostos a fazer ajustes muito sérios. Corte de despesas, aumento de despesas, vendas de estatais. Tudo isso limita, e muito, o número de estados que irão participar”, disse.

Meirelles disse que as negociações com alguns estados endividados já estão avançadas para a conclusão de acordo com a União. “Já existe um estado que vai aderir e aceitou as condições, que é o Rio de Janeiro. E existe outro, que é o Rio Grande do Sul, que estamos discutindo e aguardando exatamente a aprovação da aceitação das condições para decidir se entra ou não no regime – porque ele é muito duro, muito austero”, afirmou.

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O ministro da Fazenda afastou qualquer possibilidade de que a União venha a aportar recursos para ajudar os estados quitarem as dívidas. “Não está previsto na lei nenhum tipo de desembolso por parte do governo federal. Não há ajuda no sentido de que o governo sacrifique o ajuste fiscal, a recuperação do país, para ajudar estes estados”.

Meirelles garantiu que não haverá por parte do governo federal perdão a dívida. "O governo federal simplesmente dará as condições para que lei seja aprovada, para que o estado faça o ajuste, as companhias estatais privatizadas.”

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