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Economia

Rombo do governo vai a R$ 19,8 bi em julho, diz Tesouro

No acumulado de janeiro a julho, o déficit é de R$ 73,432 bilhões, frente a R$ 505,232 bilhões em igual período de 2020

Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)
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Marcela Ayres, Reuters - O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de 19,829 bilhões de reais em julho, informou o Tesouro nesta segunda-feira.

O resultado veio acima do rombo estimado por economistas de 17,3 bilhões de reais para o mês, segundo pesquisa da Reuters.

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No acumulado de janeiro a julho, o déficit é de 73,432 bilhões de reais, frente a 505,232 bilhões de reais em igual período de 2020, ano que foi marcado por despesas recordes por conta do enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Em nota, o Tesouro destacou que a evolução positiva da arrecadação tem ajudado o governo, ao passo que os gastos têm sido mais focados este ano em resposta à crise desencadeada pela pandemia de Covid-19.

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Em julho, a receita líquida teve alta de 41,4%, em termos reais, sobre o mesmo mês do ano passado, a 139,128 bilhões de reais.

De um lado, a Receita Federal viu alta expressiva na arrecadação de impostos, de 42,7% no mês, um acréscimo de 31,082 bilhões de reais sobre julho do ano passado.

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Mas a elevação no preço internacional de commodities também tem ajudado os cofres públicos. O governo viu um aumento de 146,7% nos ganhos com exploração de recursos naturais no mês passado sobre julho de 2020, que decorrem principalmente da participação na produção de petróleo, elevação de 9,394 bilhões de reais sobre um ano antes.

Já a despesa total do governo caiu 18,1% na mesma base de comparação, a 158,957 bilhões de reais. Em 12 meses, o rombo é de 328,8 bilhões de reais, equivalente a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Em nota, o Tesouro pontuou que a expectativa dos agentes de mercado, conforme boletim Prisma Fiscal, é de um déficit primário de 1,9% este ano, ante rombo de 2,6% projetado para o período no fim do ano passado.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dito que o déficit ficará por volta de 1,7% do PIB este ano, caindo a 0,3% do PIB em 2022.

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Em sumário sobre seu resultado, o Tesouro avaliou que a melhoria dos dados fiscais ressalta a importância de o governo ter circunscrito os gastos extraordinários com o enfrentamento à Covid-19 ao curto prazo.

"Percebe-se, com isso, que o país dispõe de capacidade de gerar melhores resultados fiscais se comparado com o período anterior à pandemia e, seguindo neste caminho, as projeções ainda devem continuar melhorando", afirmou.

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O Tesouro frisou ainda a necessidade de o país "manter o zelo e a responsabilidade" ao lidar com a melhoria do quadro fiscal.

"É preciso lembrar que essa melhoria veio do respeito a um conjunto de regras fiscais, e a manutenção desse compromisso é que fará as expectativas se realizarem em todo o seu potencial", disse.

"Na medida em que o cenário para indicadores fiscais seja mais bem percebido, deverá se refletir em menores custos de rolagem da dívida, que por sua vez podem gerar efeitos ainda mais positivos sobre o próprio quadro prospectivo fiscal e econômico", acrescentou.

O tom do sumário veio em linha com diversas falas públicas de Guedes e do próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que buscaram ressaltar nos últimos dias que o cenário fiscal é positivo a despeito do barulho político e das incertezas fiscais, em especiais as ligadas à pesada conta de precatórios para 2022 e ao financiamento de um Bolsa Família mais robusto.

A percepção de que a solução para os precatórios viria para acomodar medidas eleitoreiras fez o risco fiscal ser incorporado com mais força pelos agentes econômicos nos últimos dias, com reflexo na alta do dólar e no aumento das taxas longas de juros.

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