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Economia

Sakamoto: Auxílio Brasil não é Bolsa Família turbinado, mas ação para compra de votos

“O governo justifica que a fome da pandemia deixou tudo mais urgente. Se Bolsonaro se preocupasse realmente com isso, não teria suspendido o auxílio emergencial de janeiro a abril e sugerido a quem passava fome que procurasse empréstimo no banco”, aponta o jornalista

(Foto: sakamoto/juliafleck, Bolsonaro/Reuters)
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247 - “O Auxílio Brasil, da forma como foi apresentado ao Congresso Nacional, não é um Bolsa Família turbinado, mas seu primo macabro, proposto de forma atabalhoada e incompleta visando a fins eleitoreiros. Mesmo o aumento perseguido por Jair Bolsonaro de R$ 190 para R$ 400, bancado com dinheiro que pode vir de dívidas com aposentados, deve durar o tempo de uma reeleição.”, escreve o jornalista Leonardo Sakamoto em sua coluna no portal UOL. 

“No afã de passar o trator sobre uma das principais bandeiras da administração de Lula, seu concorrente, o presidente está mudando a natureza do programa, o que vai influenciar em sua capacidade de ajudar pessoas a permanecerem fora da miséria. Seria o equivalente a implodir os resultados do Plano Real só para não ver os tucanos na presidência novamente”, acrescenta.

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Em sua visão, “primeiro, é um absurdo que a criação do Auxílio Brasil no lugar do Bolsa Família tenha chegado ao Congresso Nacional na forma de Medida Provisória, reservada a ações urgentes, castrando o debate com a sociedade - o que só reforça seu caráter eleitoreiro. O governo justifica que a fome da pandemia deixou tudo mais urgente. Se Bolsonaro se preocupasse realmente com isso, não teria suspendido o auxílio emergencial de janeiro a abril e sugerido a quem passava fome que procurasse empréstimo no banco”.

“Segundo, a pressa de Bolsonaro em melhorar seus índices de popularidade fez com que a MP 1061/2021 tivesse mais buracos que uma esponja. Não há referências ao valor das linhas de extrema pobreza e pobreza, o que significa que você não identifica nem seu público-alvo. Não diz de onde virão os recursos. Para 2022, ano de eleição, ele quer entregar um Auxílio Emergencial de R$ 300, mais um complemento de R$ 100 de forma temporária. Para tanto, está propondo cambalachos para contornar a regra do teto de gastos públicos.”, escreve. 

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Ele destaca também que, “particularmente, sou crítico ao teto. Mas ele não pode ser ignorado por conveniência: ou vale para todo mundo ou para ninguém. Permitir que ele pedale nas contas públicas para poder ganhar a eleição, é ilegal e imoral. Bolsonaro quer dar um cambau no pagamento de dívidas do governo para poder financiar o Auxílio Brasil. Como metade dos precatórios são erros no cálculo de aposentadorias e salários, muito cidadão vai ficar a ver navios. Ou seja, ele vai tirar de pobres para dar a paupérrimos.”. 

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