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Economia

‘Se não fosse a política de valorização do salário mínimo, o valor hoje não seria nem R$ 600’, diz Juliane Furno

À TV 247, a economista explicou a importância da política de valorização do salário mínimo, tão relevante no combate à desigualdade, e explicou que a LDO aprovada pelo Congresso pôs fim à prática: “é o fim dessa política que edificou uma herança tão importante”. Assista

Juliane Furno (Foto: Imprensa SMetal)
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247 - A economista Juliane Furno falou à TV 247 sobre a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo Congresso Nacional em julho e tratou especificamente do fim da política de valorização do salário mínimo, estratégia essencial na desconcentração de renda e distribuição das riquezas no país:  “se não existisse a política de valorização do salário mínimo nestes termos, corrigido com ganho real, acima da inflação e com valorização e variação do PIB, o salário mínimo hoje não seria nem R$ 600”.

A proposta do governo para o salário mínimo para os próximos três anos acaba de vez com a política de valorização do piso nacional. Em 2021, o piso já ficou abaixo da inflação, com reajuste de 5,26%, para R$ 1.100, enquanto o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] do ano anterior foi de 5,45%. Pela LDO, o salário mínimo para 2022 foi fixado em R$ 1.147, reajuste de 4,3% sobre o atual. Neste momento, o INPC acumulado em 12 meses, que deveria ser utilizado para a correção, está em 9,22%.

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Juliane explicou que a política de valorização da renda mínima trabalha contra a desigualdade porque faz com que os mais pobres da sociedade tenham aumentos que os aproximem cada vez mais da renda média: “na medida em que os trabalhadores mais pobres em geral são os negros e as mulheres, ou seja, aqueles que mais têm sua renda indexada ao salário mínimo, se o salário mínimo tem uma política anual de valorização, isso quer dizer que os salários da base da pirâmide da sociedade tendem a ir se proximando do salário médio. Em termos de desigualdade funcional da renda, há uma redução em função da política de valorização do salário mínimo”.

É uma política “muito importante para reduzir as desigualdades sociais, raciais e de gênero, desconcentrar a renda na sociedade brasileira, dinamizar o mercado interno”, completou.

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A política de valorização do salário mínimo, explica a especialista, determina que os trabalhadores recebam com o reajuste anual “não só o acumulado da inflação, mas principalmente o acúmulo da variação do PIB dos dois anos anteriores. O que isso quer dizer: que você vai corrigir a inflação, mas que os trabalhadores vão ganhar o que variou o crescimento dos dois anos anteriores. Quer dizer que quem sustentou o crescimento econômico, que é o trabalho, vai se apropriar desse ganho de renda”.

A derrubada de tal prática, no entanto, segundo ela, já acontece desde o governo do ex-presidente Michel Temer, mas se intensificou na gestão de Jair Bolsonaro. “A política desde o governo Temer e principalmente no governo Bolsonaro não só retirou do cálculo a ideia de que os trabalhadores se apropriam do ganho econômico como também a inflação. É o fim dessa política que edificou uma herança tão importante, que foram os trabalhadores conseguindo ter uma apropriação maior da renda nacional”.

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Com informações da Rede Brasil Atual

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