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Economia

Sem reformas, cresce risco de corte do rating, diz agência S&P

O risco de rebaixamento na nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's aidna existe, apesar de a agência ter  retirado de observação negativa sobre a economia do país; a diretora-gerente para ratings soberanos da agência, Lisa Schineller, disse em entrevista que se o Congresso não avançar nos próximos meses com medidas para reduzir a rigidez dos gastos, em especial a reforma da Previdência, um "downgrade" pode acontecer

O risco de rebaixamento na nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's aidna existe, apesar de a agência ter  retirado de observação negativa sobre a economia do país; a diretora-gerente para ratings soberanos da agência, Lisa Schineller, disse em entrevista que se o Congresso não avançar nos próximos meses com medidas para reduzir a rigidez dos gastos, em especial a reforma da Previdência, um "downgrade" pode acontecer (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - O Brasil pode ter escapado de um rebaixamento pela Standard & Poor's agora, após ser retirado de observação negativa, mas o risco de um corte na nota soberana no curto prazo ainda não desapareceu.

A diretora-gerente para ratings soberanos da agência, Lisa Schineller, disse, em entrevista a Álvaro Campos e Lucas Hirata Valor, que se o Congresso não avançar nos próximos meses com medidas para reduzir a rigidez dos gastos, em especial a reforma da Previdência, um "downgrade" pode acontecer. Ela também elogiou a equipe econômica e negou influência do governo para que a nota não fosse alterada neste momento. Confira abaixo os principais trechos da entrevista.

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Quando colocamos um emissor em revisão, seja negativa ou positiva, não significa que ele será rebaixado ou elevado. Não sei as estatísticas sobre o número de rebaixamentos após uma revisão negativa. O importante é a motivação para colocar o rating em revisão.

No caso do Brasil, havia um risco muito intenso, uma dinâmica política muito fluida, e previsões de que isso poderia impactar a economia de forma muito negativa, assim como a expectativa de que não haveria progresso adicional em termos de reformas, do compromisso com as políticas econômicas. Entretanto, contrariamente às nossas expectativas iniciais, a economia parece ter permanecido estável. Não está crescendo fortemente, mas não houve uma nova guinada para baixo. Nós tivemos a aprovação de legislações importantes, como a reforma trabalhista. Nós vimos uma continuidade na contenção de gastos pelo governo. E houve alguma estabilização no campo político, pois o presidente Temer passou pela votação [da denúncia de corrupção] no Congresso e pelo julgamento no TSE. Então, a intensidade das coisas que nós pensamos que poderiam acontecer foi menor. Nossa decisão foi de não rebaixar o rating, mas de manter a perspectiva negativa, por causa dos desafios pendentes. Ainda há incertezas no campo político. A aprovação das reformas não está garantida, especialmente a da Previdência. Precisamos ver mais progresso em termos de medidas para reduzir a rigidez fiscal, ajudar a dar mais flexibilidade para o orçamento e obedecer o teto de gastos."

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