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Economia

Setubal critica Mantega, mas prevê Dilma reeleita

Dono do Itaú Unibanco, o banqueiro Roberto Setubal, que até recentemente, era um dos principais agentes da oposição, modera suas críticas ao governo; agora, ele afirma que a presidente Dilma Rousseff é favorita na disputa de 2014 e diz que nem ela nem seus oponentes, Aécio Neves e Eduardo Campos, trariam problemas para o chamado "mercado"; no entanto, ele critica a política econômica do ministro Guido Mantega e afirma que é hora de trocar o consumo pelo investimento; Setubal também bateu no BNDES: "é impossível competir com essas taxas subsidiadas"

Dono do Itaú Unibanco, o banqueiro Roberto Setubal, que até recentemente, era um dos principais agentes da oposição, modera suas críticas ao governo; agora, ele afirma que a presidente Dilma Rousseff é favorita na disputa de 2014 e diz que nem ela nem seus oponentes, Aécio Neves e Eduardo Campos, trariam problemas para o chamado "mercado"; no entanto, ele critica a política econômica do ministro Guido Mantega e afirma que é hora de trocar o consumo pelo investimento; Setubal também bateu no BNDES: "é impossível competir com essas taxas subsidiadas" (Foto: Sheila Lopes)
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247 - O banqueiro Roberto Setubal, dono do Itaú Unibanco, continua no campo da oposição, mas moderou suas críticas ao governo federal. Ele, que, até recentemente, era visto como um dos principais articuladores do discurso oposicionista, influindo, inclusive, na cobertura de publicações estrangeiras, como The Economist e Financial Times, sobre o Brasil, parece disposto a moderar suas críticas ao governo federal.

Neste domingo, em entrevista aos jornalistas Aguinaldo Novo e Cristina Alves, do Globo (leia aqui), ele se mostra menos insatisfeito com o governo da presidente Dilma Rousseff, especialmente depois dos leilões das concessões de aeroportos e estradas, mas ainda critica a política econômica do ministro Guido Mantega e a ação do BNDES na economia.

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Em relação à economia, um dos seus alvos é a política fiscal. "O gasto público nos últimos anos tem crescido muito acima da arrecadação. A arrecadação tem crescido, mesmo com algumas isenções feitas pelo governo, mas as despesas têm crescido muito mais. É preciso um controle mais rigoroso dos gastos públicos, é absolutamente necessário. Passamos na última década por momentos muito tranquilos, com a dívida pública em queda. Agora, ela está em alta outra vez", diz ele.

Embora não cite diretamente o ministro Mantega, ele não esconde sua contrariedade com a política econômica. "O que temos de observar é que o governo procurou estimular a economia com o gasto público num momento em que a economia e a conjuntura internacional não eram favoráveis. No entanto, daqui para frente, não podemos ficar nessa mesma política, temos de reverter essa política, porque é impossível imaginar que vamos continuar a expandir o gasto público acima da arrecadação. Essa conta não fecha. Houve um estímulo da economia por meio do gasto público, mas isso não é sustentável", afirma.

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Setubal também defende uma inflação no centro da meta de 4,5% – o que significaria juros maiores. "A meta é 4,5%, estamos na faixa de tolerância. O ideal seria chegar na meta. O fato de não buscarmos a meta cria uma percepção de que a inflação, hoje, de 5%, 5,5%, é aceitável, o que não é bom", afirma.

Outro alvo é o BNDES. "Acho que o BNDES tem um papel a cumprir, reconheço isso, mas deveria ser mais seletivo nos projetos que ele financia. É impossível imaginar que todo investimento no Brasil será feito pelo BNDES, não há possibilidade disso. Caso contrário, criaríamos uma restrição enorme para fazer os investimentos. Acho que o BNDES deveria se concentrar em projetos que o mercado não financiaria naturalmente, de interesse do governo, com retorno muito a longo prazo", afirma.

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A despeito das críticas, Setubal afirmou que não há risco imediato de redução de classificação de risco do Brasil e disse que os três candidatos – a presidente Dilma Rousseff, do PT, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos, do PSB – não representam problemas. "O cenário é tranquilo do ponto de vista do investidor. Não espero nenhum grande impacto de volatilidade no mercado. Acho que a maior probabilidade é de que a presidente Dilma seja reeleita, pelo cenário que estamos vendo hoje", diz ele. "Temos outros candidatos, Aécio (Neves) e (Eduardo) Campos, que do ponto de vista do mercado também são candidatos bastante tranquilos. Neste sentido que digo que não existe nenhuma preocupação."


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